Pretenso candidato à presidência da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá, o vereador Jeferson Siqueira (PSD) disse que o prefeito eleito Abilio Brunini (PL) interfere na eleição do comando do Legislativo para manter a prevalência do Partido Liberal na Casa de Leis. Acusado pelo liberal de estar recebendo apoio de uma facção criminosa, Jeferson questionou se Abilio também irá denunciar os vereadores da sua base de apoio que tiraram fotos com pessoas faccionadas durante a campanha eleitoral deste ano.
“A gente precisa prestar atenção. Vereadores que saíram nas manchetes com fotos [com faccionados] e que fazem parte da base dele. Ele vai expulsar também? Não vai querer conversar com os vereadores? Ou ele vai usar o voto deles pra eleger quem ele quer? Ele quer um puxadinho aqui da prefeitura? Puxadinho do PL? Eu não vi ele falar nada daqueles vereadores que estavam tirando foto com faccionado, que estão na base dele, que estão contando com o voto. Ele não falou nada, ele desconversou”, disse Jeferson nesta terça-feira (12).
O vereador já está na disputa pela presidência da Mesa Diretora no pleito do dia 1º de janeiro de 2025. De acordo com Jeferson, até o momento, ele tem o apoio de 10 parlamentares.
Até duas semanas atrás, o prefeito eleito Abilio Brunini dizia que não iria interferir na escolha do presidente. Todavia, na semana passada, ele mudou de ideia e indicou a colega de partido, a vereadora eleita Paula Calil (PL). Ela é irmã do deputado estadual Faissal Calil (Cidadania), que coordenou a campanha de Abilio para prefeito de Cuiabá.
De acordo com o liberal, essa indicação foi feita porque ele recebeu informações de bastidores de que grupos ligados ao ministro Carlos Fávaro (PSD), ao deputado Eduardo Botelho (União) e até mesmo à facção criminosa Comando Vermelho estariam se unindo para eleger o presidente da Câmara de Cuiabá com o objetivo de atrapalhar os dois primeiros anos de mandato de Abilio.
O prefeito eleito chegou a dizer que ouviu nos bastidores que a facção estaria comprando os votos de cada vereador pelo preço de R$ 200 mil. Essas acusações fizeram com que Jeferson e Abilio discutissem no Plenário da Casa de Leis. Até mesmo o governador Mauro Mendes (União) entrou na polêmica e determinou que o secretário de Segurança Pública, César Roveri, fizesse uma reunião com Abilio para averiguar a denúncia.
Ainda na semana passada, circularam nas redes sociais fotos de vereadores que compõem a base de apoio de Abilio, como a vereadora eleita Baixinha Giraldeli (Cidadania), ao lado de uma pessoa que seria membro de uma facção criminosa em Cuiabá. Na foto, o rapaz indicou apoio à candidatura de Baixinha durante a campanha eleitoral.
“Espero no mínimo que ele reconheça o erro. Agora, falas inconsequentes terão as suas consequências. Juridicamente falando, ele vai responder, vai virar um processo criminal. Aí, é danos morais, calúnia, difamação. Mas ele, sendo alguém que tem um bom discurso como democrata, alguém que realmente preza pela democracia, ele vai ter que, no mínimo, rever aquilo que ele falou. Acho que um pedido de desculpa para essa Casa minimiza alguma coisa, até porque ele vai precisar dialogar com todos nós. Independente de presidente, ele tem que respeitar os vereadores eleitos”, disse Jeferson.
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