‘Ele não teve responsabilidade ao se expressar’, aponta vereador sobre acusações de que teria envolvimento com facção criminosa
O Leiagora entrevistou o vereador Jeferson Siqueira para entender o início do desentendimento entre ele e o prefeito eleito Abilio Brunini, durante tratativas para eleições da Mesa Diretora da Câmara
Reeleito com 2.468 votos, o vereador Jeferson Siqueira (PSD) agora disputa uma nova eleição interna na Câmara de Cuiabá, a escolha para ser o presidente da Mesa Diretora. A eleição parecia tranquila até duas semanas atrás, quando o prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), acabou indicando o nome da vereadora eleita Paula Calil (PL) para concorrer contra Jeferson.
De acordo com Abilio, a sua interferência se deu porque conversas de bastidores indicavam que um grupo ligado ao ministro Carlos Fávaro (PSD), ao deputado estadual Eduardo Botelho (União) e até mesmo a facção criminosa Comando Vermelho estaria cooptando vereadores para que eles apoiassem uma chapa para comandar a Casa de Leis.
Desde então, Abilio e Jeferson estão em lados opostos. Eles até discutiram dentro da Câmara Municipal, momento em que Jeferson pediu respeito ao deputado federal.
Para entender melhor como tudo isso começou, o Leiagora entrevistou Jeferson Siqueira, também para poder conhecer as plataformas de atuação do parlamentar, além da oportunidade de ele se defender das acusações que estão sendo feitas. Para ele, “Abilio não teve responsabilidade ao se expressar”.
Confira a entrevista na íntegra:
Leiagora– No seu primeiro mandato, o senhor era base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Essa base nos últimos anos estava bem desgastada, mas, mesmo assim, o senhor conseguiu se reeleger. Como veio essa vitória?
Jeferson Siqueira - Eu atribuo ao trabalho. Eu tenho essa filosofia de vida de que o trabalho justifica o homem, justifica suas intenções, a confiança e a credibilidade. Eu penso que foi um ano, como você mesmo falou, de muito desgaste sendo base, mas, ao mesmo tempo, foi um momento de muito aprendizado para nós. Foi um mandato difícil, uma gestão complicada, mas, sobrevivemos, e, agora, entendemos que temos mais uma oportunidade de continuar trabalhando por Cuiabá e com a certeza de que podemos fazer algo ainda melhor para quem mora em Cuiabá.
Leiagora- Quais serão as suas bandeiras no novo mandato?
Jeferson Siqueira - Desde o primeiro mandato, nós idealizamos muitos trabalhos periféricos. Tivemos a oportunidade de inaugurar a Arena Cantagalo no bairro Planalto, na divisa com o Altos da Serra I; entregamos o asfalto para o bairro Serra Dourada, o asfalto para o bairro Altos da Serra II. A nossa bandeira foi muito da questão de infraestrutura. Agora, a gente quer investir um pouco mais em pessoas, dar oportunidade e acesso ao menor aprendiz para poder fazer um curso de qualificação profissional. As mulheres que, muitas vezes, têm o papel de ser mãe e pai ao mesmo tempo, que precisam ter uma renda extra e precisam de uma qualificação melhor para empreender; dar oportunidade para quem realmente tem essa vontade ou essa vocação de empreender com ferramentas, subsídios, desde o conhecimento até a iniciativa financeira para poder gerar emprego em Cuiabá.
Hoje, o nosso quadro é alarmante, nós temos muitas pessoas desempregadas e nós temos uma terra produtiva, uma terra hospitaleira, um povo que sabe respeitar, que sabe ser recíproco com os outros, acolhedor. Mas, a gente precisa melhorar a questão do emprego. Então, essa é uma bandeira que eu vou trabalhar muito forte. Claro que, como vereador, vamos propor muitas leis e incentivos inclusive para isso, mas isso também deve ser uma bandeira do próprio Poder Executivo.
Leiagora - Como você avalia esses oito anos da gestão Emanuel Pinheiro?
Jeferson Siqueira - Como eu disse, nós tivemos uma gestão um pouco complicada, foram várias operações policiais, muitos embates nesse sentido. Acho que, em determinado momento, o prefeito Emanuel Pinheiro, ele se preocupou mais em defender a sua permanência, e algumas obras ficaram inacabadas, sem aquela atenção que deveria ser dada. Mas, classifico como, mesmo diante de todo esse cenário, o prefeito tentou dar sequência, dar continuidade. Claro que uma gestão financeiramente falando também muito complicada, com pouco recurso, mas eu considero que foi uma gestão de superação, porque vai chegar ao final e o prefeito vai concluir o seu mandato, mesmo com tantas dificuldades. Talvez, tenha sido uma gestão de superação.
Leiagora- Como você acha que o Abilio Brunini vai pegar a prefeitura?
Jeferson Siqueira - A primeira coisa que o Abilio precisa fazer é concentrar no encargo que é exclusivamente dele. Eu sou presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e sempre que tem algum projeto de lei que tem iniciativa de vício que invade um Poder que não é de direito, a gente entrega como reprovação ou como rejeição. E se o Abilio tem esse entendimento de que hoje ele é um gestor, ele precisa focar exatamente naquilo que é o seu encargo. Se ele olhar para trás e querer encontrar quem errou, quem estava errando, ele vai passar muito tempo procurando os erros. Agora, se olhar para frente, entender que é uma oportunidade de reconstruir ou dar continuidade, aí eu vejo que ele está no caminho certo. Olhar para frente, apresentar seu programa de governo, pois quando você tem uma proposta de governo, um programa de governo, você acaba atraindo muitos simpatizantes, investidores, empresas que muitas das vezes querem investir em Cuiabá e, talvez pelo cenário, sentem insegurança jurídica, insegurança política, mas que, agora, vai ter a oportunidade de algo novo. Agora, tem um prefeito novo que tem toda a prerrogativa de fazer um bom trabalho. Então, acredito que ele tem que encarar com muito foco aquilo que é atribuição do Poder Executivo.
Leiagora - O senhor mesmo já falou que, no ano de 2020, o senhor fez campanha para o Abilio, que pediu voto, colocou adesivo. Só que, nestas eleições, o senhor não estava com o Abilio. Por que o senhor deixou de apoiá-lo?
Jeferson Siqueira - O nosso partido indicou a Rafaela Fávaro como vice-prefeita do Lúdio Cabral (PT). Rafaela veio com uma proposta inovadora. Eu fiquei impressionado com a capacidade da Rafaela, do discurso, oratória, a retórica dela muito boa, programas importantes para mulheres, uma dedicação exclusiva para mulheres, uma proposta de ter 50% do secretariado com mulheres. Achei isso interessante, achei que foi algo que estava sendo construído pensando nas demandas que de fato existem hoje. Hoje, Cuiabá, infelizmente, se transformou em uma referência em feminicídio, é o sexto Estado com maior índice de importunação sexual em transporte público. Então, a gente precisa tirar essa imagem e só tira isso com programas, com trabalho, com dedicação. E eu foquei, como o único vereador do PSD, em defender aqueles a quem o partido havia feito essa coligação. Por isso, não apoiei o Abilio, apoiei o Lúdio Cabral, porque tínhamos a indicação da vice e também o nosso líder partidário, o ministro Carlos Fávaros.
Leiagora- Vamos falar agora da eleição para a Mesa Diretora. Você tá vindo aí pro seu segundo mandato, tem essa experiência na CCJR, mas o que mais faz com que você seja o melhor nome para ser o novo presidente da Câmara?
Jeferson Siqueira - Eu sempre digo que o primeiro degrau para que a gente possa ter um bom relacionamento é o respeito. E esse respeito eu tenho tido com todos os colegas. Tive a oportunidade de ser presidente da CCJR, isso me deu uma maturidade muito grande, porque ali você recebe vereadores da base e da oposição, recebemos vetos do Executivo e da Câmara, mas eu sempre busquei aquilo que de fato era constitucional, que não viesse apenas do viés ideológico, partidário ou político-partidário. Fiz algo realmente coerente com aquilo que nós discursamos e com o que a Casa representa. Então, eu me sinto preparado e a resposta não veio do Jeferson, mas dos próprios colegas que disseram: “Jeferson, eu acho que você é um bom nome pelo equilíbrio, fez um mandato que a gente entende com muita responsabilidade, tendo uma boa harmonia com os colegas, e isso faz toda a diferença no tratamento, como você conduz cada demanda e cada situação que chega para a nossa Comissão”. Então, eu vi que posso contribuir com a modernização da Câmara de Cuiabá. Embora, temos falado pouco de proposta, realmente nós entendemos que os últimos debates têm sido em outro foco, mas eu não tenho dúvida que a gente pode sim modernizar a Câmara de Cuiabá, a gente pode fazer com que parcerias sejam idealizadas pela Câmara, como a de qualificação profissional para o menor aprendiz. Nós temos lá um duodécimo de quase R$ 100 milhões. Sendo presidente, eu penso em destinar pelo menos entre R$ 6 milhões a R$ 8 milhões para a gente qualificar mulheres que hoje fazem papel de pai, de mãe, que muitas vezes estão com dificuldade. Penso que, com a anuência dos colegas, a gente pode usar esse recurso para ajudar a melhorar essa questão do desemprego e a qualificação da mão de obra que hoje é necessária.
Leiagora- Sobre os colegas que te apoiam na eleição, o senhor já tem quantos nomes no apoio?
Jeferson Siqueira - Hoje, são 10 aliados, desde o próprio presidente Chico 2000 (PL), Adevair Cabral (Solidariedade), o Dídimo Vovô (PSB), Marcos Brito Jr. (PV), Alex Rodrigues (PV), Mario Nadaf (PV), Wilson Kero Kero (PMB), Kassio Coelho (Podemos), enfim, são 10, porém, nós temos aí algumas conversas bem adiantadas com pelo menos quatro colegas que devem compor o nosso grupo.
Leiagora- O senhor pode citar os nomes?
Jeferson Siqueira - Prefiro deixar em off porque, hoje, a gente está nessas tratativas e quando você fala com alguém, às vezes, um colega pede sigilo e fala: “conta comigo, mas eu não vou me pronunciar”. Aí, a gente prefere respeitar a decisão de cada um, mas é claro que daqui a pouco não vai ter segredo pra ninguém.
Leiagora- Sobre a chapa, o Dídimo Vovô já falou que vem como primeiro secretário. Quem mais está na sua chapa?
Jeferson Siqueira - Nós deixamos em aberto para duas ou três mulheres participarem da chapa. Acho que é a oportunidade de dar a elas esse momento, de transmitir para a população cuiabana essa integração entre homens e mulheres do parlamento. Nós fizemos o convite para a Maria Avallone (PSDB) para ser a nossa segunda vice-presidente, deixamos o convite para a Maysa Leão (Republicanos) para ser a nossa primeira vice-presidente e o Kassio Coelho como nosso segundo secretário. Claro que ainda estamos em conversação, mas a gente entende que daqui a pouquinho a gente finaliza esse quadro e a chapa vai estar formalizada.
Leiagora– Ainda sobre a eleição, o prefeito eleito Abilio Brunini disse que não ia se envolver, mas ele passou a se envolver, porque, de acordo com ele, existe uma interferência do Fávaro, do deputado Eduardo Botelho e até mesmo da facção criminosa Comando Vermelho. E ele joga tudo isso no colo do senhor, né? Como que o senhor vê tudo isso? Como que a discussão para a Mesa Diretora chegou a esse ponto?
Jeferson Siqueira - Eu vejo isso vindo de alguém imaturo, alguém que ainda precisa amadurecer um pouco mais, que talvez não tenha entendido que não é mais vereador, que hoje é o prefeito (eleito) da Capital do agronegócio e que tudo que ele fala reflete não somente em Cuiabá, mas também em todo o estado de Mato Grosso. Alguém que não teve a responsabilidade de ter o cuidado de se expressar, de se fundamentar primeiro. Foram afirmações e acusações equivocadas. E eu, como um bom cidadão de bem, procurei logo os meus direitos. Já interpelei ele no STF, ali é o foro onde ele responde. E ele vai ter a oportunidade de poder responder, comprovar tudo aquilo que ele falou. Até porque o que eu entendi é que todas as suas afirmações, todas as suas acusações eram para tentar desqualificar aqueles que se opõem à sua linha de raciocínio. Por exemplo, quando ele diz que ele tem uma preferência, que ele indica o nome de uma pessoa, ele está interferindo. Quando ele diz que existe um outro grupo que não faz parte ou não comunga do mesmo ideal que ele comunga, e ele diz que esse grupo tem um interesse escuso, ele está interferindo e está fazendo uma acusação. Quais interesses escusos são esses? Quem são essas pessoas? Então, essa pergunta eu deixei para que ele possa responder. Entendo que qualquer ser humano pode errar, mas, é claro, a gente precisa também avaliar a gravidade do que foi dito. Hoje, nós temos a notícia de que ele não quis apresentar de forma formal, ele não quis colocar a assinatura dele lá como alguém que estava denunciando essas supostas interferências, supostas articulações, suposto envolvimento com facção criminosa. Então, veja, se ele tinha tanta certeza, se ele foi tão contundente no discurso, se ele disse que estava juntando as provas, por que não ele colocou o RG dele lá e o CPF dele lá, para que no final das investigações ele pudesse dizer: “olha, realmente eu estava certo”? Essa é uma boa pergunta que fica de reflexão. E o que é lamentável é a gente ter que ficar toda hora tentando amenizar um constrangimento. Porque quem passa por esse constrangimento não é só o parlamentar, é a Casa, o parlamento cuiabano, os nossos próprios familiares, porque a cada momento que você vê um noticiário diferente com as mesmas acusações infundadas e irresponsáveis de alguém que entendeu que poderia falar o que queria. Mas nós estamos dentro de um país democrático, respeito e entendo que deve ser assim, cada um deve ter a sua liberdade de expressão, mas, com responsabilidade. Por isso, eu não fiz nenhum ataque ao Abilio, eu simplesmente me defendi e, graças a Deus, a gente está caminhando com a melhor orientação, fazendo aquilo que de fato é legal e é fundamentado.
Leiagora– Outros vereadores também irão fazer essa interpelação no STF?
Jeferson Siqueira - O presidente Chico 2000 já fez uma notificação para o próprio deputado federal Abilio, mas ele ainda não respondeu. Eu acredito que outros vereadores já se demonstraram incomodados com essa situação. É extremamente desconfortável para todos nós, mas cada um vai responder por si próprio. Eu posso falar daquilo que eu tenho feito e, de fato, eu fiz isso mesmo, interpelei e agora estou aguardando. Quem afirma tem que provar. Eu tenho aqui que fazer a minha parte de contribuir com a justiça e com a verdade.
Leiagora- Segundo o Abilio, “uma das coisas que provam que você tem essa ligação” é que você fez uma moção de aplausos para uma pessoa que estaria envolvida com o Comando Vermelho. Como o senhor se defende desta acusação?
Jeferson Siqueira - Nós não julgamos a vida pregressa das pessoas. Eu, como ser humano, acredito que todo mundo tem a segunda chance, tem a capacidade de se regenerar, se qualificar, crescer em todas as esferas emocionais, conjugal, profissional, acadêmica, eu acredito muito na evolução do ser humano. Quando nós fizemos essa homenagem, foram homenageadas mais de 400 pessoas entre os bairros Primeiro de Março, Novo Conquista, Jardim Aroeira e toda a região. Quem foram os homenageados? Os que fazem serviço social na comunidade, os que possuem algum tipo de comércio, que ajudam a fomentar o mercado local e ajudam a diminuir o desemprego. O Gilmar é uma dessas pessoas. Nós não tínhamos o conhecimento que ele havia sido condenado e que ele havia cumprido pena, nós não sabíamos disso. O fato é que ele é alguém que é respeitado pela comunidade, tem seu fator de contribuição social na região, e nós, naquele momento, entendemos que podíamos fazer para todo mundo. E fizemos. A Câmara não tem um dispositivo, uma ferramenta que nos dá essa dimensão real da vida pregressa das pessoas. Agora, como candidato à presidência da Câmara, eu vou levar isso como proposta de campanha, para que possamos ter uma ferramenta para os gabinetes que possam checar antecedentes criminais das pessoas, dos possíveis homenageados, até porque, dentro do organograma, não tem essa condicionante de que tem que checar antecedência criminal. Hoje, não existe essa condicionante. Ganhando a eleição como presidente da Mesa, eu pretendo sim fazer algumas alterações em consenso com os vereadores. Agora, só um adendo aqui que eu queria deixar registrado: imagina o ministro Flávio Dino, em Brasília, recebeu no Ministério da Segurança Pública uma primeira-dama de uma facção criminosa. Veja, se nem o ministro conseguiu fazer com tanta excelência, com todo tipo de ferramenta, com toda a tecnologia à sua disposição, ele ainda recebeu a primeira-dama de uma facção criminosa.
Nós temos, a exemplo, agora o próprio Abilio, que acabou de nomear um secretário que é condenado por furtar energia. E eu sempre falo, quem furta energia pode furtar qualquer coisa. Então, veja, a preocupação em tentar vincular o nome do Jeferson a uma facção criminosa por causa de uma homenagem, isso abre o precedente para muita coisa. Eu sinto muito por essa fala do Abilio, foi irresponsável da parte dele, e dizer que o fato de ter homenageado não quer dizer que eu comungo, ou que faço parte, ou que eu tenho envolvimento. Pelo contrário, como parlamentar, a gente quer reconhecer o trabalho que as pessoas fazem lá fora. Tem muita gente que já foi do crime organizado, que já teve uma vida pregressa cheia de idas e vindas no mundo, infelizmente, nas páginas policiais, mas que hoje entenderam o novo significado, ressignificaram suas vidas e estão trabalhando com a comunidade, ajudando muita a criançada. Então, eu acho que se for partir desse ponto de filosofar e tentar conceituar isso, as óticas podem ser que sejam diferentes. Mas o respeito tem que ser o mesmo para todos. Quando o Abilio fez isso, ele desrespeitou o vereador Jeferson, ainda mais insinuando que isso seria uma prova de que eu teria ligação com facção criminosa.
Leiagora- Depois de tudo isso que a gente conversou, pode se dizer que o Jeferson vai ser do grupo de oposição ao prefeito Abilio?
Jeferson Siqueira - Eu falei pro Abilio e quero mais uma vez deixar esse recado para ele. Se eleito presidente da Câmara, eu quero muito tomar um café com o Abilio. Eu quero que ele entenda que, por mais que sejamos Poderes separados, o nosso propósito é o mesmo, servir aos cuiabanos e aos que moram em Cuiabá. Quero fazer uma gestão em que a gente possa organizar ainda melhor a nossa cidade. Entendo que a gente pode ter nossas diferenças, nossos viés (sic) ideológico e político-partidário, mas a gente não pode deixar Cuiabá perder. Nós tivemos aí oito anos nessa briga ferrenha entre o governo de Mato Grosso e o município de Cuiabá. Quem perdeu foi o próprio município. Quem ganhou? Ninguém ganhou nada com isso. Ambos saíram desgastados, ambos foram hoje conceituados como aqueles que mais prejudicaram Cuiabá. Então, eu não quero ter essa responsabilidade de dizer: “eu vou ser oposição ao Abilio”. Sendo presidente da Casa, eu quero muito trabalhar. Ele já disse que não quer conversa se o Jeferson for presidente da Casa, eu até desconheço esse tipo de democracia. O Abilio que eu conheço é aquele que foi para Brasília, colocou a camisa do Brasil, a bandeira do Brasil e falou: “liberdade de expressão para todos, amor à pátria, amor à família, instituições precisam ser respeitadas”. Esse é um Abilio que eu conheço, foi um Abilio que eu votei nele em 2020. Espero reencontrar esse Abilio de novo, sendo presidente, e amadurecer um pouco mais essa questão de quem ele é hoje como um influenciador de Cuiabá, um gestor que deve fazer muito por nós, e a gente precisa trabalhar junto. Obviamente que eu sempre vou me opor aquilo que for errado, aquilo que não for consenso para Cuiabá, mas o que for bom, vamos estar sempre juntos para poder trabalhar.
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