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Notícias / Judiciário

18/11/2024 às 12:02

REPERCUSSÃO

'Nem tudo que se divulga é verdadeiro', diz Gilmar Mendes sobre caso Zampieri e suposto esquema de venda de sentença

Gilmar Mendes pede cautela no que diz respeito a divulgação de informações acerca do caso

Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Paulo Henrique Fanaia

'Nem tudo que se divulga é verdadeiro', diz Gilmar Mendes sobre caso Zampieri e suposto esquema de venda de sentença

Foto: Vanderson Ferraz

O ministro Gilmar Mendes afirma que foi necessário avocar o processo referente ao assassinato do advogado Roberto Zampieri devido a prerrogativa de foro de supostos envolvidos no caso, e garante que o Supremo Tribunal Federal (STF) está empenhado em desvendar o caso o mais rápido possível.
 
“O fato estamos sendo investigados. Como se entendeu que poderia haver repercussão na esfera de prerrogativa de foro, esse processo foi, a pedido da PRG, para o Supremo. Agora, todos nós estamos interessados no esclarecimento desses fatos”, disse na manhã desta segunda-feira (18) durante evento de comemoração dos 35 anos da Constituição de Mato Grosso, realizado pela Assembleia Legislativa.
 
Gilmar Mendes ainda pede cautela no que diz respeito a divulgação de informações acerca do caso. “Nem tudo que se divulga é necessariamente verdadeiro. É e preciso ter muita cautela em relação a essas divulgações. Mas o judiciário está empenhado em esclarecer os fatos com maior rapidez possível”, completou.
 
Zampieri foi morto em dezembro do ano passado enquanto deixada o seu escritório, localizado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. As investigações sobre o assassinato tiveram uma reviravolta e expos um suposto esquema de venda de sentença envolvendo ministros do STJ e do STF.
A partir das informações encontradas no celular de Zampieri, a PF abriu um inquérito para investigar o caso e durante as diligências foi encontrado um material que apontava a existência que um grupo de advogados e lobistas comprava e vendia decisões judiciais do STJ. Da memória do aparelho foram resgatados mensagens com insinuações sobre o comportamento de vários ministros, minutas originais de sentenças e comprovantes de repasses financeiros.

A apuração se concentrou nos gabinetes dos ministros Isabel Gallotti, Og Fernandes, Nancy Andrighi e Paulo Moura Ribeiro. As evidências indicavam que funcionários desses gabinetes haviam sido corrompidos. Em troca de dinheiro, antecipavam veredictos e alteravam decisões de acordo com o interesse do cliente, tudo, em princípio, à revelia dos chefes. O escândalo, supunha-se, estava circunscrito ao segundo escalão do tribunal.
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