O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (União) fez duras críticas à forma com que a gestão estadual, especialmente no que tange ao tratamento dos secretários para com os parlamentares. Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (27), o deputado disse que os integrantes do primeiro escalão estadual não recebem as demandas apresentadas pelos parlamentares.
Para ele, isso deixa a sensação de que os deputados não têm voz nas políticas públicas realizadas no estado.
“O governo Mauro Mendes é um governo que dá resultado, mas é um governo que não vem trabalhando com aqueles que são eleitos para apresentar propostas de serviço público. Toda vez que um deputado procura a Secretaria de Educação (Seduc) eles dizem que esse é o planejamento deles. Eles não conversam, não escutam. Se for lá e conversar, é a mesma coisa, não vale nada. Quer dizer: nós que fomos eleitos para propor políticas públicas e não estamos valendo de nada! Temos que admitir e falar isso”, disparou Botelho.
A reclanação veio logo após uma demanda de redimensionamento de uma escola estadual levantada pelo deputado, Sebastião Rezende (União). Na tribuna, Rezende pediu explicações acerca do fechamento da Escola Estadual João Borges Vieira, localizada na comunidade Aparecida do Leste, em Poxoréu.
“Com um trabalho forte junto a Seduc nós conseguimos a construção de uma quadra coberta que está sendo executada e agora vem essa notícia para a comunidade. É algo que choca e quero solicitar a Seduc que reveja esse posicionamento, porque fechar uma escola com mais de 60 anos histórica é algo que impacta todos nós. (...) Isso não tem sentido a revolta a comunidade”, disse Sebastião Rezende.
LOA
As crtícias de Botelho ainda se estenderam a Lei Orçamentária Anual (LOA). Como exemplo, ele cita que os deputados estão enfrentando dificuldades em apresentar emendas na Lei Orçamentária Anual (LOA).
“Quando fazemos uma emenda no orçamento do governo para fazer uma estrada, um asfalto, eles não executam porque foi feito por aqui. Tem que entender que o governo é feito de uma junção e os deputados são cobrados. Até hoje foi dessa forma. Temos que começar a valer o mandato que nos foi outorgado e fazer valer essas políticas pública”, afirmou Botelho.