“Cobrança em público e pressão em cima de mim já foi demonstrado dezenas de vezes que não funcionam”. Esse é o posicionamento do governador Mauro Mendes (União) quanto a cobrança do coronel Mendes, que deixou nesta sexta-feira (29) o comando da Polícia Militar, com relação a revisão salarial dos militares de Mato Grosso.
O gestor estadual afirma que não aceita esse tipo de conduta e ainda frisa que o coronel não soube dialogar sobre o assunto. “Talvez ele não usou a estratégia correta. Não dialogou corretamente. Eu acho que o diálogo pode ser feito, mas cobranças em público e pressão e ciam do governador Mauro Mendes já foi demonstrado dezenas de vezes que não funciona”, disse na manhã de hoje logo após a cerimônia de posse do coronel Fernando Tinoco, novo comandante da Polícia Militar de Mato Grosso.
As declarações do chefe do poder Executivo fazem referência ao discurso do coronel Mendes na cerimônia de passagem de comando. Durante sua fala, o integrante da Polícia Militar cobrou duramente o governador a revisão de gratificações recebidas pelos militares do estado, e ainda fez um comparativo com os benefícios concedidos ao atualmente aos policiais civis.
Essa, inclusive, não foi a primeira vez que o coronel faz essa cobrança em público. Em um vídeo de despedida publicado em suas redes sociais nesta quinta-feira (28), o policial também fez questão de tocar nesse assunto.
A saída de Mendes do Comando Geral foi anunciada no final de semana. A decisão partiu do próprio governador que afirma que a troca faz parte de uma estratégia adotada pela sua gestão, especialmente no que diz respeito ao combate ao crime organizado.
“Eu tomarei todas as decisões que a mim couber para fazer o melhor para Mato Grosso. Tenho absoluta convicção que para a nobre missão que a nos é confiada de proteger Mato Grosso através das nossas forças seguranças, é importante ter estratégia. Sem uma estratégia clara, sem construir as condições adequadas, dificilmente você atinge o objetivo, e nós temos hoje um robusto programa que vai se intensificar cada vez mais de tolerância zero ao crime e aos criminosos”, finalizou.