O senador por Mato Grosso Jayme Campos, que está no União Brasil desde sua fundação, passando ainda por outros três momentos da sigla, desde o antigo PDS, na década de 1980, disse ser um político disputado por demais legendas no país. O comentário veio diante da possibilidade de migração para o MDB, por convite da deputada Janaina Riva, vice-presidente do partido, que quer reoxigená-lo até o próximo pleito eleitoral.
O político várzea-grandense se disse lisonjeado com a possiblidade de convite e ainda enumerou outros que tem recebido: “quem não quer um político como Jayme Campos?”, levantou.
O senador disse que, na semana passada, recebeu o convite nacional do Podemos para migrar para a legenda, assim como já foi assediado pelo PP, mas reiterou que sua permanência é no União, tendo em vista sua história junto ao partido.
“Você quer melhor do que ser convidado pelo MDB, que é um grande partido, da deputada Janaina Riva? Fico extremamente lisonjeado, como já fui convidado nacionalmente para ser membro do PP. Semana passada, eu fui convidado também para ir para o Podemos. Enfim, quem não quer um político como Jayme Campos? Um político que tem uma história, uma trajetória, uma biografia. Seis mandatos. Passou a régua das seis”, comentou.
Jayme garantiu que, por ora, está bem acomodado no União Brasil e assim quer permanecer, justamente por ocupar diversos postos no Congresso Nacional. Ele elencou cinco comissões do qual faz parte e, a princípio, não teria nenhum motivo para deixar a agremiação.
Quanto ao suposto projeto de concorrer novamente ao comando de Mato Grosso em 2026, o senador disse que não há prazo regimental para que governadores e senadores possam trocar de legenda, mas que avaliará o cenário mais para frente.
“Então, eu não tenho porque falar que eu vou sair. Claro, se não tiver espaço no União Brasil, e espero que eu tenha, até porque não sou nenhum aventureiro dentro do partido, eu sou do partido desde sua fundação. Lá do PDS, PFL, DEM e União Brasil, assim eu fui. Mas o senador Jayme Campos nunca mudou de partido”.
Pleito e relações
O senador deixou claro que a decisão de sair candidato ao governo de Mato Grosso nos próximos dois anos está bem incipiente ainda, até porque, como disse, não pode ser candidato de si mesmo, precisa avaliar e formar um grupo.
“Eu não vou ser candidato de mim mesmo. Muito pelo contrário. Eu tenho que construir um projeto político claro. Eu tenho que ter grandes aliados, seja em termos de coligação partidária, seja em termos de apoiadores para tanto. Eu tenho que fazer minha parte e, lá na frente, nós vamos discutir. Eu não sou aventureiro em política. Não faço política pra fazer negócios como muitos fazem aí. Eu faço política porque eu gosto de fazer política”, reiterou.
Perguntado sobre as conjecturas e um possível abalo nas relações do grupo ao qual pertence, comandado no Estado pelo governador Mauro Mendes (União), quem tem como vice Otaviano Pivetta, do Republicanos, declaradamente interessado a concorrer como candidato ao governo, Jayme disparou:
“Eu não faço política de cúpula. Eu faço sabe de onde? De baixo para cima. Eleitor de Jayme Campos é classe C, D e E. Eu faço política com altivez, respeitando o eleitor. Respeitando a sociedade mato-grossense. É claro que, no momento oportuno, depois de fazer essas conversações, esses entendimentos que nós estamos fazendo, vamos decidir... Eu acho que dessa turma que você se referiu, alguns já tomou (sic) tinta, né. Você sabe a quem que estou me referindo. Zero um e o zero dois”, finalizou.
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