Cuiabá, sexta-feira, 14/02/2025
20:32:29
Dólar: 5,7
Euro: 5,98
informe o texto

Notícias / Polícia

04/01/2025 às 14:47

CASO LUCAS VELOSO

Nova morte de aluno bombeiro abre discussões sobre abusos militares e gravação de treinamento é aprovada em 2024

O inquérito, finalizado em maio, concluiu por indícios de crime militar na conduta dos três bombeiros investigados, que respondem na Justiça Militar

Eloany Nascimento

Nova morte de aluno bombeiro abre discussões sobre abusos militares e gravação de treinamento é aprovada em 2024

Foto: reprodução

A morte trágica do aluno soldado bombeiro Lucas Veloso Peres abriu diversas discussões no ano de 2024 e acendeu um alerta sobre abusos militares em treinamentos do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso. 

O aluno morreu durante um treinamento de formação, no dia 27 de março, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. A Perícia Oficial de Identificação Técnica confirmou que a causa da morte foi afogamento.

Diante da morte, por supostos ‘caldos’, afogamentos intencionais, durante o curso de salvamento aquático, foi apresentado um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Mato Grosso para tornar obrigatória a filmagem dos treinamentos realizados durante o curso de formação das forças de Segurança do Estado. 

O 'decreto Lucas Veloso' foi sugerido pelo deputado estadual Júlio Campos (União) e acatado pelo governador Mauro Mendes (União). Durante a cerimônia de assinatura, o gestor pediu desculpas aos familiares do jovem e garantiu que a morte do soldado seria apurada e que a lei foi produzida para evitar que outras mortes ocorram.

A medida passou a ser cogitada após o laudo preliminar da Politec apontar a morte do aluno por afogamento. Inicialmente, a causa da morte do jovem foi anunciada como um mal súbito, contrapondo a perícia.

O inquérito, finalizado em maio, concluiu por indícios de crime militar na conduta dos três bombeiros investigados. De acordo com o documento, o capitão bombeiro Daniel Alves foi o responsável por comandar a atividade prática de instrução de salvamento aquático, tendo como monitores os codenunciados soldado bombeiro Kayk Gomes dos Santos e o soldado bombeiro Weslei Lopes da Silva. 

Posterior ao indiciamento, o Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o capitão Daniel e o soldado Kayk pelo homicídio duplamente qualificado do aluno. O órgão ainda requereu o pagamento de R$ 1 milhão para reparação dos danos causados em favor dos familiares da vítima.

Os acusados passam por processo criminal na Justiça Militar.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet