O vice-prefeito eleito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PL), disse se preocupar com a expansão das habitações populares na cidade, como tem ocorrido nos últimos anos, e não as de classe média alta, por conta da demanda que surge pelos serviços públicos. Seu comentário foi feito durante o encontro das lideranças do Partido Liberal em Cuiabá, na noite desta segunda-feira (2).
Quando questionado sobre a falta de investimentos imobiliários na cidade, sobretudo vertical, para classes mais abastadas, o futuro vice-prefeito, e também ex-prefeito da cidade, comentou que o problema passa pela falta de infraestrutura, principalmente pela distribuição de água.
“Essa construção de oportunidade de casa para classe média baixa demanda uma série de serviços da prefeitura: transporte público, creche, escola, uma série de necessidades que as pessoas têm. Então, é diferente quando você tem uma classe média. Ela vai pagar um imposto maior e não vai demandar o serviço público. Essas famílias de baixa renda demandam muito o serviço público. O que eu tô querendo dizer é que se você atrai somente a classe média baixa, você vai trazer um problema pra prefeitura, que vai ter que enfrentar a questão do assistencialismo e da necessidade básica desse povo”, comparou.
Zaeli contou que o último edifício construído na cidade para o porte de classe média foi há 25 anos. Para mudar o cenário, promete que haverá investimento em infraestrutura.
“Quando tiver infraestrutura, começa a ter prédios de luxo, prédios de classe média. O empresário que mora em Várzea Grande vem pra Cuiabá pra dormir por falta de um empreendimento mais elaborado, que lá não existe”, justificou.
Assim, reforçou que a concessão do Departamento de Água e Esgoto (DAE), 'calcanhar de Aquiles' da cidade, além de ser uma promessa de campanha, é uma medida necessária para que o município dê o salto aguardado. Antes ainda de assumir o mandato, disse ter consciência de que o Poder Público local não dá conta do serviço no DAE.
“Nós temos que ter, primeiro, a consciência e, depois, a humildade de dizer que o município não é capaz. Se o município fosse capaz, nós não estaríamos com tantos problemas para o fornecimento de água. Então, tem que ter a coragem de fazer, e o eleitor ouviu isso da gente na campanha. É uma promessa de campanha da gente essa concessão. E nós precisamos trabalhar para que esse problema tão danoso, não só às famílias, mas ao desenvolvimento econômico, geração de renda, emprego, atração de investimentos passa (sic) pela falta de infraestrutura, principalmente água".