A suplente de senadora Rosana Martinelli (PL) afirmou que o episódio em que Francisco Wanderley Luiz, o homem-bomba que arquitetou matar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Morais em Brasília, prejudicou a tramitação do projeto de lei que prevê anistia aos presos do atentado de 8 de janeiro de 2023, na Praça dos Três Poderes, no Congresso Nacional. Martinelli defende que a medida precisa ser aprovada a fim de garantir julgamento ‘nivelado’ entre os envolvidos.
Ao ser questionada se a investida de assassinato e suicida de Francisco Wanderley teria prejudicado o andamento para a aprovação do projeto de anistia, Martinelli concordou e acrescentou:
“Acredito, claro, prejudica, porque estava muito bem alinhado, tanto na Câmara Federal e também no Senado, para a Comissão de Direito e Democracia. Prejudica porque passa por uma averiguação maior, deu uma polêmica”, pontuou a suplente à imprensa durante evento do PL, na segunda-feira (2).
Somado a isso, a liberal destacou supostas irregularidades nas investigações contra os suspeitos e explicou que a medida não tem por objetivo amenizar a pena para aqueles que depredaram patrimônio público na ocasião, mas, sim, de julgar de forma ‘mais justa’ os demais envolvidos no episódio, que irá completar dois anos em 2025.
“Nós acreditamos que não tem relação nenhuma, porque foi o fato e teve muitas irregularidades nas apurações de 8 de janeiro, como o próprio projeto prevê. Ele não dá cobertura para quem depredou. Depredar patrimônio público é crime, mas também não pode colocar todos e julgar da mesma maneira”.
Rosana Martinelli ainda acrescentou ao seu ponto de vista que muitos foram injustiçados. “Muitos nem adentraram o recinto nem nada e foram presos. Isso não é uma maneira nivelada, nós não podemos concordar com esse tipo de situação”.