O senador Welligton Fagundes (PL) aposta em sua história política de seis mandatos como deputado federal e dois como senador por Mato Grosso para superar a possibilidade de o megaempresário Odílio Balbinotti, ainda sem partido, concorrer ao governo do estado pela sigla. Mesmo admitindo que a decisão será tomada nas convenções partidárias antes do pleito de 2026, e com critérios que dependem inclusive da direção nacional do partido, o político de longa data reforça seu nome para o governo.
“Por essa trajetória de vida, é que, claro, tenho um sonho de ser candidato a governador. Quero ser governador, e já fui candidato uma vez, para que o meu partido possa ser reconhecido com essa liderança. Isso tudo será discutido nas convenções que acontecerão no ano que vem. Mas ninguém é candidato sem o apoio da população, acima de tudo. E, pra isso, nós temos que construir, se possível, alianças no Estado”.
A configuração atual para as eleições gerais de 2026 mostram um cenário de duas personalidades disputando internamente, no PL, para ser o nome à vaga de governador. Isso porque o produtor rural Odílio Balbinotti já disse que ingressará no partido em breve, por entender que precisa seguir o ex-presidente Jair Bolsonaro, e só estaria dependendo de uma conversa com ele para bater o martelo. Quanto ao senador Wellington, já é sabido há bastante tempo sobre sua vontade de governar Mato Grosso, feito que tentou em 2018, mas não conseguiu.
“Nós queremos quanto mais nomes melhor. As pessoas têm que vir exatamente para fortalecer o partido e, claro, concorrer dentro dos que aqui estão. É claro que eu tenho aqui minha história. Eu não vou aqui dizer, de forma alguma, que esse ou aquele vai ser meu concorrente. Primeiro, eu já disse aqui, toda essa história, o meu trabalho é que, acima de tudo, será julgado (sic)”, apontou.
No encontro das lideranças políticas do PL no Estado, na noite de segunda-feira (2), Wellington destacou os avanços do partido nos cenários estadual e nacional para justificar que se sobressaia ainda mais nas eleições de 2026, com o retorno de Bolsonaro à disputa presidencial. Conforme ele, em Mato Grosso, a sigla fez 208 vereadores, 22 prefeitos e 23 vice-prefeitos, algo equivalente a 47% dos votos dos eleitores do Estado.
“O PL também foi o partido que mais cresceu no Brasil, e Mato Grosso foi o segundo em termos de resultado eleitoral. O primeiro foi Santa Catarina”, destacou.
O senador defendeu que o objetivo principal do partido na atualidade é garantir o restabelecimento de elegibilidade de Jair Bolsonaro, por acreditar que não há nenhuma denúncia de corrupção contra ele e que, hoje, representa a maior liderança política do país.
“Vamos trabalhar muito para mostrar para o Brasil que a maior liderança desse país tem que estar presente nas urnas. Olha, não tem nenhum apontamento que fala de corrupção do presidente Bolsonaro. A única coisa que se fala do Bolsonaro são das joias. Depois, decidiu-se muito claro que joias são presentes personalíssimos. Então, aquele fuzuê que a imprensa nacional fez foi fogo de palha. Vamos encerrar dizendo que o presidente Bolsonaro tem que estar nas urnas”, reforçou.