Morte de Zampieri completa 1 ano e expôs desembargadores de MT envolvidos em venda de sentença
Renomado no ramo do direito agrário, o jurista foi morto pelo pedreiro Antônio Gomes da Silva, a mando do empresário e fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo
Nesta terça-feira, dia 5 de dezembro, completa exatos um ano da morte do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado a tiros quando deixada o seu escritório, localizado no bairro Bosque da Saúde em Cuiabá.
Renomado no ramo do direito agrário, o jurista foi morto pelo pedreiro Antônio Gomes da Silva, a mando do empresário e fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, que já foi indiciado por homicídio duplamente qualificado.
O coronel do exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, também foi indiciado por ter atuado como intermediador. Ele foi o responsável por contratar o atirador que matou o advogado.
Outro que também responde pelo crime é o coronel do exército Etevaldo Caçadini. Ele teria pago a quantia de R$ 40 mil ao autor dos disparos.
Apesar de a morte do advogado já ter tido um desfecho, o crime rende repercussões até hoje, tendo em vista que desencadeou várias situações e expôs um suposto esquema de venda de sentença, envolvendo servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e dois desembargadores do judiciário de Mato Grosso: Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho.
Tudo começou com as investigações sobre a motivação do assassinato do advogado. Dentre as medidas adotas pela polícia para compreender a motivação do crime estava a apreensão de seu celular. No aparelho, foram coletadas diversas mensagens que demonstram que o advogado era um dos articulares do esquema de venda de sentenças.
Esses materiais culminaram na deflagração da Operação Sisamns, pela Polícia Federal, no último dia 26. Na oportunidade, os desembargadores mato-grossenses foram alvos de busca e apreensão e ainda passaram a ser monitorados por tornozeleira eletrônica. Eles também tiveram os passaportes apreendidos.
Vale ressaltar que, os magistrados já estavam afastados do cargo por determinação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), justamente por conta das provas materiais encontradas no celular do advogado assassinado.
Na mesma operação, o lobista Anderson Oliveira Gonçalves foi preso preventivamente. Ele é apontado em relatório da Polícia Federal como o líder por detrás do esquema de venda de sentenças.
Além dos desembargadores e do lobista, ainda são investigados a advogada e esposa do lobista, Mirian Ribeiro Rodrigues de Mello Gonçalves; os sócios da Fource e empresários do ramo de mineração, Valdoir Slapak e Haroldo Augusto Filho; Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho de Sebastião de Moraes; o servidor do Tribunal de Justiça Rafael Macedo Martins; Rodrigo Vechiato da Silveira, que é advogado e ex-assessor de Sebastião de Moraes; e Victor Ramos de Castro. Outro alvo da operação é o advogado Flaviano Taques.
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