O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que o vereador Paulo Henrique (MDB) compareça à Câmara Municipal para responder à Comissão Processante que apura sua possível ligação com a facção Comando Vermelho. A investigação pode resultar na cassação de seu mandato. O parlamentar está afastado de suas funções e sendo investigado pela Polícia Federal.
“Considerando as informações constantes no documento de Id. 177649348, assim como a necessidade de apresentação de defesa no processo administrativo n. 15255-2024, não há óbice, por parte deste Juízo, ao comparecimento do investigado PAULO HENRIQUE DE FIGUEIREDO à Câmara Municipal de Cuiabá/MT na data a ser estipulada pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar”, diz trecho do documento.
O parlamentar foi um dos alvos das Operações Ragnatella e Pubblicare, deflagradas em junho e setembro pela Polícia Federal. As investigações apontam ele como líder de um braço da organização criminosa constituída para lavar dinheiro do tráfico de drogas por meio da realização de shows nacionais e eventos.
As investigações apontam que Paulo Henrique utilizava de sua influência na Secretaria de Ordem Pública (Sorp) para garantir a autorização das festas.
Na operação Ragnatela, Paulo Henrique foi alvo de busca e apreensão. Além dele, também estiveram na mira o ex-chefe do Cerimonial da Câmara de Vereadores de Cuiabá, Rodrigo Legal, DJ Everton Detona, os empresários Willian Gordão e Jardel Pires, promoters, influencer do 'tigrinho' Sthefany Xavier e outros.
Já na Operação Pubblicare foi decretada a prisão preventiva do parlamentar. Paulo Henrique chegou a ficar cinco dias presos, e foi solto graças a um habeas corpus. No entanto, foi afastado da função de vereador e ainda está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.
Paulo Henrique tem “fugido” da Comissão Processante e se utilizado do fato de estar em casa e tornozelado para não receber as intimações e não comparecer à Casa de Leis.
A Comissão Processante instaurada contra Paulo Henrique corre contra o tempo, pois o prazo de 90 dias está se esgotando e caso um parecer não seja dado e votado, o vereador sairá ileso e elegível para futuras eleições.
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