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Notícias / Entrevista da Semana

08/12/2024 às 08:00

ENTREVISTA DA SEMANA

Vereador aposta na chegada do ‘G7’ à Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá

Demilson Nogueira defende que o próximo presidente do Legislativo tenha experiência e bagagem

Gabriella Arantes

Vereador aposta na chegada do ‘G7’ à Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá

Foto: Montagem Leiagora

A eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal está movimentando os corredores do Legislativo cuiabano, que parece estar dividido em três grupos para o pleito eleitoral no  dia 1º de janeiro de 2025. 

Uma das agremiações é a chamada “G5”, que se transformou em “G7” depois da entrada de mais dois vereadores. O grupo é formado pelos parlamentares Daniel Monteiro (Republicanos), Demilson Nogueira (PP), Eduardo Magalhães (Republicanos), Sargento Joelson (PSB),  Dilemário Alencar (União) e pelas novas integrantes Maria Avalone (PSDB) e Baixinha Giraldelli (Solidariedade). 

Em entrevista ao Leiagora, o vereador Demilson Nogueira falou sobre as articulações para a eleição da Mesa na Casa de Leis. Ele defende que o próximo presidente eleito tenha experiência e bagagem na Câmara.

Durante o bate-papo, Demilson ainda contou sobre sua carreira na política, como será sua atuação no próximo ano e ainda reforçou que irá ser da base do prefeito eleito Abilio Brunini (PL).

O vereador, que é relator das contas do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), também comentou a respeito da sua declaração, quando coloca em  xeque o trabalho do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) após a aprovação do exercício de 2022.


Confira a entrevista completa:​


Leiagora - Para começar, gostaria que falasse sobre sua trajetória na política até chegar aqui.
 
Demilson - O meu primeiro mandato foi como prefeito de Ponte Branca (498 km de Cuiabá). Lá eu fui eleito na eleição de 1992. Tive um mandato como prefeito na cidade, mas eu sou advogado e servidor público da Assembleia Legislativa. Hoje, estou aposentado. Fazendo política, fui prefeito em Ponte Branca entre 1993 e 1996. Depois, aqui em Cuiabá, já em 2016, incentivado por alguns amigos, disputei a minha primeira eleição, me tornando vereador suplente e assumindo o mandato por sete meses, em 2017. Depois disso, eu voltei para a Assembleia e de lá fui para o Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) e presidi lá. Na minha carreira na Assembleia Legislativa, como sou técnico de legislativo de nível superior, eu fui secretário controlador em duas ocasiões. Em 2020. fui eleito vereador e, em, 2014 reeleito. 

Leiagora – O senhor foi um dos poucos reeleitos para a nova legislatura. Como pretende atuar na Câmara nos próximos 4 anos. Terá alguma mudança na sua condução?

Vereador - No primeiro turno da eleição, o meu partido PP nós apoiamos a candidatura do deputado Eduardo Botelho (União) para prefeito de Cuiabá. Com o insucesso da eleição do Botelho, o partido liberou os seus filiados e eu fiz a opção de ir na campanha do prefeito Abilio Brunini (PL). Como eu fui um vereador que fez oposição na base do Emanuel Pinheiro (MDB), fiquei na base do Abilio. Mas eu comecei na base do perfeito, fiquei por oito meses. Entendendo que os caminhos da gestão não eram aqueles que esperávamos, me afastei e passei a ter, em primeiro momento, uma atuação independente. Depois disso, me juntei com outros colegas que também eram independentes e nós passamos a fazer parte do bloco de oposição. Como eu fui oposição à gestão do prefeito Emanuel Pinheiro e votei com o Abilio no segundo turno, tenho a intenção e quero ajudar na governabilidade da gestão do prefeito Abilio. Então, eu vou estar auxiliando e ajudando na governabilidade do prefeito Abilio aqui na Câmara Municipal. Naturalmente, até para ajudá-lo, a experiência que eu tenho fazendo fiscalizações, com certeza, vou continuar fazendo para ajudar o prefeito. 

Leiagora - Mas se caso haja alguma mudança na conduta do prefeito eleito Abilio que o senhor não aprove, há a possibilidade de caminhar para a oposição? 

Vereador - Eu não quero acreditar que o prefeito Abilio vá mudar de caminho. Não trabalho com essa hipótese. Agora, o meu jeito de atuar como vereador ele será o mesmo. Vou continuar atento e olhando. Mas, não creio numa mudança de rota da proposta apresentada pelo prefeito Abilio na sua eleição. Não acredito nessa mudança de rota. 

Leiagora - O senhor pretende encabeçar alguma comissão na Câmara de Cuiabá no ano que vem?

Vereador - Aqui, na Casa de Leis, eu tenho por obrigação participar das comissões. Então, até em razão de eu ter presidido o Intermat e convivido muito com regularização fundiária, é um tema que eu gosto. Outro tema que eu gosto é a execução orçamentária, então, eu gosto desses dois temas. Se eu tiver oportunidade por escolha dos meus colegas, eu gostaria de estar participando dessas duas comissões. 

Leiagora - Como o senhor vê a renovação que houve nas eleições para a nova legislatura na Câmara, sobretudo com a presença histórica de oito mulheres no Legislativo cuiabano?

Vereador - É extremamente salutar para nós a presença das mulheres. Isso demonstra que, nessa eleição, as mulheres vieram disputar o pleito eleitoral de verdade. Diferente das outras eleições, nós tivemos condenações de chapas que usam mulheres ‘fantasmas’. Eram mulheres que não vieram para a disputa de eleição, e sim para preencher vagas. Agora não, como é o exemplo da Samantha Iris (PL), a Baixinha Giraldelli (Solidariedade), que veio lá do Pedra 90, a Maysa Leão (Republicanos), Michelly Alencar (União), a Katiuscia (PSB), a Maria Avalone (PSDB) e a Paula Calil (PL). Então, você vai ver que elas vieram para valer, e isso vai aumentar a discussão aqui dentro da Casa de Leis. Isso é importantíssimo, elas não vieram completar chapas, elas vieram disputar eleições. 

Leiagora - No papel de relator das contas do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), você afirmou que a aprovação das contas da Prefeitura de Cuiabá relativas ao ano de 2022 coloca em dúvida o trabalho do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT). Gostaria que explicasse o motivo dessa declaração.

Vereador - O conselheiro Antônio Joaquim, ao analisar as contas, ele e mais cinco conselheiros emitiram um parecer prévio contrário à aprovação das contas. Aí veio o primeiro recurso, e esses mesmos seis conselheiros, junto com o Ministério Público de Contas, entenderam que as contas mereciam ser mantidas como reprovadas. Mas, no outro recurso, cinco conselheiros passam a entender diferente, sendo que os dados e números são os mesmos. E será por que eles não enxergaram isso nos julgamentos anteriores? O Ministério Público manteve a mesma opinião. Inclusive essas mesmas contas chegam aqui, mas a Câmara não tem as mesmas ferramentas que o Tribunal de Contas tem para fazer essa aferição. Agora, eu fico me perguntando sobre o que levou a mudar depois que essas contas andaram dentro do tribunal e demorou um longo prazo para ser julgado. Não sei se estavam tentando achar ou ajudar número para poder chegar a esse parecer. Então, o que para mim é estranho é isso, os números e os dados são os mesmos, mas foi preciso ‘perambular’ desse tanto para que houvesse essa modificação. 

Leiagora – Ainda sobre a aprovação das contas de Emanuel, o senhor leu o relatório do TCE-MT? Como será sua condução para que haja a apreciação das contas ainda até o fim do mandato?

Vereador -  Ainda não, porque ele não chegou na Câmara Municipal. [...] Eu preciso ler para tentar entender e tentar entender a partir da opinião do Ministério Público de Contas também. Primeiro passo, chegando aqui, nós temos que abrir prazo para o prefeito se manifestar. Creio que agora ele até queira se apresentar no feito, já para dar o ok e que a defesa já está feita. Porque agora ele tem tudo a favor dele, antes não, até para notificá-lo tinha dificuldades. Agora, não. Acho que ele vem no feito para que ele ganhe celeridade. Então, após isso, é a emissão de relatório, votação na comissão e, depois, plenário. 

Leiagora – Mesa Diretora: a Câmara parece estar dividida em três grupos para as eleições no dia 1º de janeiro. Você pretende apoiar o Jeferson, a Paula Calil, ou defender uma candidatura própria?

Vereador - Hoje eu participo de um grupo que tem sete vereadores, cinco vereadores e duas vereadoras.  E esse grupo tem um candidato à presidência. Então, se nós temos a alternativa nossa, então, eu não defendo as outras. Eu defendo a alternativa onde está o Eduardo Magalhães (Republicanos), Dilemário Alencar (União), Sargento Joelson (PSB), Daniel Monteiro (Republicanos), Maria Avalone (PSDB), Baixinha Giraldelli (Solidariedade) e outros que virão com a gente lá na frente.  

Leiagora – Mas ainda não tem um nome definido para ser candidato a presidente da Casa de Leis?

Vereador
- Não. Estamos avaliando. Porque política é o ato de conversar. Então, nós estamos conversando com outros colegas vereadores e vereadoras que possivelmente venham junto com a gente. Então, nós alimentamos essa expectativa, a eleição ainda é no dia 1º de janeiro de 2025. Muita coisa vai mudar, grupos podem até dissolver, inclusive. Mas isso é o tempo. Então, nós estamos se (sic) mantendo firmes nessa postulação. Agora, sempre dentro do parlamento existe a questão do diálogo. 

Leiagora – Caso o atual ‘G7’ não consiga o número suficiente de apoiadores para formar uma chapa, tendo o senhor como presidente, por exemplo, para que lado acredita que seu grupo caminhará?

Vereador - Nesse momento, nós não aventamos essa possibilidade de não termos chapas. Nesse momento, nós trabalhamos a hipótese de termos uma chapa. Agora, lá na frente, comporta outras conversações. 

Leiagora - Independente de quem ganhe, o senhor defende que seja alguém com bagagem no Legislativo?
 
Vereador - Eu defendo a eleição de um vereador que tenha experiência aqui na Casa. Porque os meandros da condução da Casa de Leis também são importantes. Se você colocar na presidência alguém que nunca passou por aqui, com certeza, dificuldades virão e isso pode atrapalhar algum andamento aqui na Câmara.
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1 comentário

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  • Luiz Carlos Campos Vieira 10/12/2024 às 00:00

    Esse é um dos poucos que aí estão que realmente trabalha pela nossa cidade ,tem meu apoio e com certeza seria uma ótima escolha para a mesa!

 
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