Criação de mesas técnicas no Tribunal de Contas do Estado e alterações no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que colocou fim na intervenção estadual na saúde de Cuiabá, foram algumas das ações definidas durante audiência judicial realizada na manhã desta segunda-feira (16) no judiciário de Mato Grosso.
O desembargador Orlando Perri, relator do processo de intervenção, descarta ações a curto prazo e afirma que o debate sobre a saúde municipal será aprofundado por meio desses instrumentos.
“A curto prazo, lamentavelmente, não posso garantir soluções a sociedade cuiabana, porque os problemas são muito sérios, muito graves, profundos e eles precisam de uma atenção muito maior. Eu creio que a curto prazo não vamos ter uma solução satisfatória”, reforçou o magistrado frisando que “a saúde pública precisa ser consertada, e isso não faz do dia para a noite”, completou.
Diante disso, ele faz questão de ressaltar que o processo interventivo não encerra com o fim da gestão de Emanuel Pinheiro (MDB), em 31 de dezembro.
“O processo de intervenção não acaba com a gestão Emanuel, porque se trata de um processo estrutural, nós estamos falando da saúde de Cuiabá. [...] A saúde de Cuiabá precisa ser concertada e isso não se faz do dia para noite. Eu tenho dito, que a questão do processo interventivo vai atravessar várias gestões, também não vai terminar com a gestão Abílio Brunini. Nós temos um TAC a ser cumprido não apenas passa essa ou aquela gestão, mas par todos”, enfatizou.
Perri explica que, as mesas técnicas, que serão criadas pelo Tribunal de Contas devem nortear as ações a serem implementadas no setor, bem como as alterações que devem ser promovidas no TAC. O objetivo é fortalecer os atendimentos.
“Então, vamos criar um fluxo muito mais rápido para atendimento. Quando se fala em saúde estamos falando de vidas, quando falamos de atendimento tem que ser o mais rápido possível”, disse.
Perri reuniu na manhã desta segunda (16) os atuais e futuros prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande, além do governador Mauro Mendes e representantes da Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas. O objetivo foi unir esforços para evitar que saúde de Cuiabá volte a colapsar.