O governador Mauro Mendes (União) preferiu não se comentar sobre a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que concedeu um benefício de R$ 10 mil, apelidado de “vale-peru”, a servidores e magistrados da Corte. O pagamento, que provocou ampla repercussão no meio jurídico do estado, foi suspenso pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Questionado sobre o assunto, Mendes ressaltou que a supervisão do Judiciário é responsabilidade do CNJ e afirmou que não contestaria a decisão de suspender o benefício.
“A minha opinião é que quem faz o controle judiciário é o CNJ. Se o CNJ agiu deve ter os motivos e aí eu não tenho mais nada a comentar além de concordar. Até porque decisão judicial, a gente cumpre, concorda e no máximo recorre”, declarou Mendes nesta sexta-feira (20).
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O corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, determinou a suspensão do pagamento do “vale-peru” de R$ 10 mil que seria destinado a servidores e juízes do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) nesta quinta-feira (19). O processo está em sigilo.
Não é a primeira vez que o TJMT amplia benefícios de fim de ano. Em 2023, a presidência da Corte concedeu um “vale-ceia” em dezembro, elevando o auxílio-alimentação de R$ 1,9 mil para R$ 6,9 mil.
Em dezembro, o TJMT havia autorizado o pagamento de um auxílio-alimentação no valor de R$ 10.055, com a previsão de retorno ao valor regular de R$ 2.055 em janeiro. Dados de 2024 mostram que o TJMT conta com 39 desembargadores, 285 juízes e mais de seis mil servidores. O pagamento de R$ 10.055 a cada beneficiário representaria um custo superior a R$ 3,2 milhões em apenas um mês.
*Com informações da CNN Brasil