A secretária de Saúde de Cuiabá, Lucia Helena Sampaio, afirmou, na sexta-feira (10), que o Prêmio Saúde, que gerou inúmeras controvérsias na gestão anterior, será mantido pela administração do prefeito Abilio Brunini (PL). No entanto, o programa passará por uma reformulação. O prêmio é uma gratificação a profissionais do setor, conforme atendem a requisitos estabelecidos em norma legal.
“O prêmio deverá ser mantido, mas ele é uma lei e ela deverá ser reformulada. Não será de cima para baixo, nós já conversamos com o Sindicatos dos Médicos e, quando chegar o momento, nós vamos chamar todas as entidades envolvidas porque a gente entende que a própria palavra prêmio deve ser alguém que premia alguém que merece”, explicou a secretária em entrevista ao programa A Notícia de Frente.
De acordo com Lucia Helena, o prêmio Saúde precisa ser reavaliado e ajustado, não sendo necessário que seja integral, podendo ser concedido de forma parcial. No entanto, a definição desses critérios dependerá da reformulação que o programa irá passar.
Na folha de pagamento de dezembro, que foi quitada na sexta-feira, o valor total do Prêmio Saúde foi de R$ 5.872.916,33.
Durante a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), o Prêmio Saúde chegou a ser alvo de críticas. Ele chegou a classificá-lo como uma “baderna”.
“O Prêmio Saúde virou uma baderna. Ele é para quem está na ponta [enfermeiros, médicos] e depois vamos avaliar as áreas administrativa se o Tribunal de Contas autorizar”, disse o gestor à época.
Conforme uma das investigações do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Emanuel e a primeira-dama Marcia Pinheiro (PV) eram quem determinavam os valores do Prêmio Saúde que alguns servidores ganhavam.