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Notícias / Polícia

10/01/2025 às 15:17

QUATORZE CORPOS NO LOCAL

Vídeo | Cemitério clandestino de Lucas do Rio Verde também é tribunal do crime, revela delegado

Polícia encontrou vestígios, como facas, cordas e sacos, de que os desafetos de facções criminosas eram levados para o lugar para ser torturados e mortos

Natacha Wogel

<Font color=Orange> Vídeo </font color> | Cemitério clandestino de Lucas do Rio Verde também é tribunal do crime, revela delegado

Foto: Assessoria

O delegado de Lucas do Rio Verde (332 km de Cuiabá), João Antônio Batista Ribeiro Torres, que preside a investigação sobre a descoberta de um cemitério clandestino numa região de mata da cidade, disse que o local não se limita apenas a esconder os corpos, mas acredita ser usado por facções criminosas como a ‘sede’ do tribunal do crime. Ele se apoia no fato de ter encontrado próximo aos 14 cadáveres já observados no local itens como cordas, sacos, facas, capas de celulares entre outros que dão a entender que os supostos desaparecidos eram levados para lá para serem torturados e mortos.

“O que chama atenção não é só isso, nos parece que, ali, os faccionados - a gente trabalha com essa hipótese, porque todos os desaparecimentos que estamos investigando se tratam aí de pessoas nessa guerra de facções -, então, naquele local, foram encontrados vestígios: cigarros, facas, sacos, cordas, capas de telefone celular que possivelmente aqui também funcionava o que a gente chama de tribunal do crime”, revelou.

O tribunal do crime, como descreveu o delegado, são locais para onde desafetos das facções criminosas, seja por pertencerem a grupos rivais, por serem usuários de drogas que devem dinheiros aos grupos criminosos, ou por ter feito algo que desagradou, onde são submetidos a sessões de tortura que, muitas vezes, resulta na morte da vítima. O policial ainda acrescentou que o processo se dá mediante videochamada com quem ordena o ato criminoso.

“Onde esses indivíduos, por algum motivo, têm essa rusga com a facção, eles são trazidos pra cá e, possivelmente, são executados aqui, nesta mata. E o modus operandi dessa facção é sempre o mesmo, através de uma videochamada, eles são trazidos pra cá e são determinados quais os tipos de punição que serão aplicadas para cada indivíduo. Pode começar por aquilo que a gente chama de ‘salve’, que é uma espécie de tortura, e a gente tem prova de isso aqui, pois encontramos um cabo, corda, enfim, que é usado pra isso. E até chegar no homicídio, são o caso desses corpos que nós encontramos hoje”, relatou.
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