O psicólogo Douglas Luiz Rocha de Amorim denunciou ter sido agredido violentamente por um homem dentro do banheiro da casa noturna Nuun Garden, situada no centro de Cuiabá, no último fim de semana. Na gravação, Douglas relatou que a agressão ocorreu por homofobia.
Nesta terça-feira (14), além de expor o caso, o psicólogo criticou os seguranças da casa noturna por não prestarem ajuda e não impedirem que o suspeito saísse do local.
De acordo com a vítima, tudo começou logo depois de ela chegar à casa noturna acompanhada do marido. Os dois encontraram o sobrinho de Douglas em um dos camarotes.
Como ainda estava cedo, outros camarotes ao lado estavam vazios, mas, depois, chegou um cliente a um dos espaços e começou a olhar para o casal. Nesse momento, o esposo de Amorim conversou com Douglas e concluíram que poderia ser algum seguidor do psicólogo ou ex-namorado de algum paciente.
Douglas chegou a suspeitar de se tratar de uma pessoa homofóbica que estaria incomodada com a demonstração de afeto do casal, mas ainda não tinha certeza.
Segundo ele, em determinado momento da noite, o agressor passou pelo marido e esbarrou ne ele, mas só ficou sabendo disso depois do ocorrido. O primeiro conflito que levou à agressão ocorreu no banheiro.
“Eu tô no banheiro, no mictório, ele chega logo em seguida perguntando 'o que que você tá olhando pra mim?’ ... Eu falei ‘você tá louco? Olhando o que?’ E aí, eu disse ‘vai se fod** homofóbico do caral** e saí do banheiro”, contou Douglas aos mais de 45 mil seguidores.
Depois dessa confusão, a vítima retornou ao camarote e contou ao esposo e sobrinho que o homem que os estava encarando era homofóbico. Foi nesse momento que, segundo Douglas, os dois seguranças foram vistos conversando com o suspeito e que, provavelmente, era ‘conhecido ou amigo deles’, e que estavam conversando alguma coisa, mas nenhum deles foi até o seu grupo.
Ele chegou até acreditar que os ânimos se acalmaram, mas, horas depois, quando foram ao banheiro pela última vez antes de ir embora, foi surpreendido pelo suspeito.
“Quando eu estava mijando em pé, eu senti duas mãos nas minhas costas, uma nas minhas costas e uma próxima à cabeça, na nuca, empurrando contra o mármore, que divide o mictório, … o meu rosto ali. Essa é a última memória que eu tenho das mãos, nem da batida eu lembro”, contou emocionado.
Com o impacto da agressão, Douglas caiu já batendo a cabeça e desmaiando. O marido estava na porta e o sobrinho estava em outro banheiro e apenas ouviram o barulho da queda. Logo depois, o marido o encontrou caído no chão. “Me encontrou com a testa sangrando e meio convulsionando, fora de mim”, narrou.
Amorim revelou que, nesse momento, os seguranças foram até o banheiro e só ficaram olhando, mas não o ajudaram a levantar, não prestaram socorro e nem chamaram a ambulância ou a polícia. Além disso, eles também não impediram que o criminoso pagasse e saísse da boate.
“A boate simplesmente não tomou nenhuma atitude para isso e, agora, posterior ao acontecimento, não está colaborando, se recusando em nome da gerente do estabelecimento de informar quem é o criminoso e de espontânea vontade ceder as imagens desse criminoso”, denunciou, acrescentando ainda que não sabe a identidade do agressor.
Na mesma publicação, o psicólogo pediu ajuda das pessoas que estavam na casa noturna e presenciaram o ocorrido para a identificação do homofóbico. Douglas garantiu ainda que vai tentar, por vias legais, descobrir o nome do agressor e conseguir as imagens da boate.
“A gente teve crise de choro ao longo do dia todo, porque o medo é realmente o medo da morte e a sensação da injustiça. Eu convulsionei quando eu caí, fiquei desacordado durante um tempo, e essa sensação de que a casa facilitou a saída desse cara que, de alguma forma, ele é conhecido, que pode ser filho de alguém poderoso, dá uma sensação muito ruim, porque nós não somos. Nós não temos nenhum poder a não ser o poder de contar com os amigos e poder de contar de alguma forma com esse vídeo”, finalizou.
Outro lado:
O Leiagora entrou em contato com a casa noturna, no entanto, um dos proprietários disse estar fora do país e pediu para entrar em contato com o sócio, no entanto, até o momento não houve nenhuma manifestação. O espaço segue aberto.
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