O Tribunal do Júri de Rondonópolis condenou, nesta terça-feira (14), Maroan Fernandes Haidar Ahmed a 21 anos e 6 meses de reclusão pelo homicídio de Fábio Batista da Silva, de 41 anos, ocorrido em novembro de 2018 em um posto de combustível.
Em sessão híbrida, o Júri da 1ª Vara Criminal da Comarca de Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá), sob a presidência do juiz Leonardo de Araújo Costa Tumiati, condenou o réu pelos crimes de homicídio qualificado (art. 121, §2º, incisos II e IV, do Código Penal) e posse ilegal de arma de fogo (art. 14 da Lei nº 10.826/2003).
O interrogatório do réu, que está detido na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, foi realizado por videoconferência, garantindo a segurança e a continuidade do processo judicial.
Após análise das provas e debates entre acusação e defesa, já na madrugada do dia 15, o Conselho de Sentença decidiu pela condenação de Maroan Ahmed à pena de 21 anos e 6 meses de reclusão, além do pagamento de 10 dias-multa, correspondente a um trigésimo do maior salário mínimo vigente à época do crime.
O julgamento do réu ocorreu antes do dia 20 de janeiro, atendendo à prioridade legal de tramitação para processos com réus presos, conforme previsto no artigo 798-A, inciso I, do Código Processo Penal (CPP). A pena será cumprida em regime inicial fechado, com a manutenção da prisão preventiva para assegurar a ordem pública e o cumprimento da sentença.
O caso
O crime ocorreu em novembro de 2018, Maroan matou o empresário Fábio a tiros em uma conveniência de um posto de combustível de Rondonópolis. A vítima teria discutido com o réu devido ao farol alto de seu carro. Depois da discussão, Fábio foi alvejado com vários tiros.
Maroan foi denunciado por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de uso restrito, no entanto, na época, o acusado não apenas fugiu mais de uma vez, mas também cometeu outros crimes, descumprindo as medidas.
Enquanto foragido, o réu esteve envolvido em um tiroteio próximo à fronteira em Ponta Porã/MS e foi preso em flagrante em Santa Catarina durante uma operação contra o tráfico internacional de drogas. Atualmente, Maroan está preso em um presídio de segurança máxima em Rondônia.
Com informações da assessoria/TJMT