O prefeito Abilio Brunini (PL) quer realocar os usuários de drogas que ficam instalados próximo a Rodoviária de Cuiabá e no Beco do Candeeiro, no centro da cidade, para o antigo prédio da Secretaria de Assistência Social, localizado na Avenida das Torres. A proposta será apresentada ao Ministério Público e ao Judiciário de Mato Grosso, e ação para implementação da medida já começa na próxima semana.
Na manhã desta sexta-feira (17), o gestor municipal visito os locais acompanhado do desembargador Orlando Perri. “De imediato a gente vai apresentar ao Ministério Público uma proposta de ação para que a gente possa desocupar esse local. Nós não vamos permitir mais que continuem em local como esse. Antes disso vamos fazer uma limpeza geral na segunda-feira e apresentar uma proposta de realocação. [...] Não vamos mais aceitar a continuidade desse de sistema na cidade, que é abastecido pelo tráfico de drogas”, afirmou Abilio citando que câmeras do programa Vigia Mais serão instaladas no local.
Segundo ele, será disponibilizado aos moradores de rua assistência social e de saúde. “Nós estamos montando uma proposta de realojamento no antigo prédio da Assistência Social com saúde, assistência social, com apoio com psicólogo e tatas outras áreas para poder dar suporte”, disse.
“Não podemos incentivar políticas para morar nas ruas, nós precisamos ter políticas para sair das ruas, para ter reestabelecimento de vidas. Aqui é quase um suicídio”, completou o prefeito.
Outra medida que será adotada é o fim da entrega de marmitas em pontos estratégicos da cidade. Abilio afirma que será destinado um local específico para que os moradores de rua façam suas refeições.
“Não quero mais continuar com esse programa de entregar marmitas nas ruas, não quero nem que a sociedade faça isso. A gente vai estabelecer um local de refeição. Não queremos mais que isso continue, porque todo tipo de facilitador para que as pessoas permaneçam nas ruas, prejudica todas as ações para n´s tentarmos tirá-los de lá”, explicou dizendo que o contrato com a empresa que fornece o alimento encerra em dois meses e não será renovado.
Questionado se será adotado medidas compulsórias para retiras as pessoas das ruas, Abilio nega. O gestor também frisa que não obrigará estrangeiros em situação de rua a voltarem para o seu local de origem.
“Não vamos obrigar ninguém a fazer isso, nós vamos ofertar possibilidades para que querem voltar para as suas famílias e cuidar da sua saúde. A nossa proposta e dar condições para essas pessoas voltem para as suas famílias”, enfatizou.