A secretária municipal de Saúde de Cuiabá, Lúcia Helena Sampaio, destacou que a imunização contra a dengue na capital teve baixa adesão da população, ao atingir apenas 20% do público-alvo. As informações foram prestadas em meio à coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (23), depois que a prefeitura decretou estado de emergência em virtude do aumento de casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, em especial dengue e chikungunya.
“A faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde é de 10 a 14 anos. Ainda assim, nessa faixa etária, a procura é muito baixa. Nós temos uma população de 44 mil pessoas nessa faixa etária. A imunização foi feita em 9 mil, mais ou menos. Então, a procura está muito baixa. Lembrando que a vacina são duas doses, com intervalo de três meses entre elas”, explicou a gestora.
Diante da baixa adesão, o prefeito Abilio Brunini (PL) destacou a necessidade de o governo federal, por meio do Ministério da Saúde, incorporar demais faixas etárias, como adultos e idosos, para imunização eficiente, visto que, de acordo com ele, é essa a população que está sendo hospitalizada em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em virtude de complicações da doença.
“Nós temos uma procura muito maior, interesse muito maior pela vacina, numa faixa etária diferente. A gente tem percebido que o número de casos tem aumentado entre adultos, não entre adolescentes e jovens. Mas em relação à vacinação para adultos e idosos, a gente precisa que o governo federal mande as vacinas adequadas para que a gente possa fazer a aplicação correta”, explicou Brunini.
Chamamento de agentes de endemias
Em um cenário de aumento de casos da dengue, dentre as principais medidas para conter o avanço da doença está o ataque ao cerne da questão: a proliferação do mosquito. Para isso, é necessário aumentar a fiscalização e investir na conscientização da população.
O que implica na necessidade de chamamento de agentes de saúde para intensificar a inspeção em terrenos baldios e casas abandonadas que servem de principais criadores do mosquito. Porém, na atualidade, o chefe do Executivo municipal descartou a possbilidade, sob o argumento de que apesar de grave, o decreto é emergencial. Novos servidores poderão acarretar em aumento das despesas do município, o que o liberal quer evitar agora.
“Sabendo de todas essas circunstâncias, a gente não pode criar condições de dívida de longo prazo, contínua, que não pode ser interrompida. Então, nisso a gente tem que avaliar com toda a tranquilidade para chegar e dizer qual é o momento certo para tratar”. Mas, completa afirmando que, caso o quadro piore, pode ser sim uma alternativa.
“Se a gente identificar que não seja suficiente, ainda que seja emergencial, aí a gente começa a chamar para suprir essa necessidade, vai chamar todos os 300, nesse momento, para depois ficar no quadro da prefeitura e a gente ter esse custo permanente. Isso é um cuidado que a gente também tem que reforçar”.
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