A deputada federal Gisela Simona (União) disse que se assustou ao ver que os deputados estaduais aprovaram por unanimidade a possibilidade de manter os “mercadinhos” dentro das unidades prisionais de Mato Grosso. Em entrevista concedida à Rádio Jovem Pan Cuiabá, a parlamentar comemorou o ato do governador Mauro Mendes (União) de proibir os estabelecimentos.
“Os mercadinhos são paralelos e ilegais, quero parabenizar o governador pelo enfrentamento. Se você quer acabar com as facções você tem que acabar com o que alimenta eles (sic). Eu assustei quando vi a Assembleia Legislativa aprovando isso da forma que foi feita e, agora, nosso governador vetou e espero que a Assembleia mantenha esse veto. É o mínimo que precisamos para manter a tolerância zero”, disse a deputada.
A questão dos mercadinhos dentro dos presídios de Mato Grosso é um tema que divide opiniões tanto no Executivo quanto no Legislativo e no Judiciário do estado. Na semana passada, o governador Mauro Mendes vetou trechos do projeto de lei aprovado pela Assembleia, que visa endurecer as medidas de segurança nas unidades prisionais. O gestor estadual barrou a cláusula que garantia a continuidade dos mercadinhos nos presídios.
Diferente do que defende o desembargador e supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo de Mato Grosso, Orlando Perri, Mauro afirma que a existência destes estabelecimentos é desnecessária, haja vista que o Estado fornece todos os produtos essenciais para os reeducandos.
O veto agora será votado pelos deputados estaduais em sessão futura. A discussão da derrubada deste veto deve movimentar a Casa de Leis, tendo em vista que a maioria dos parlamentares aprovou a manutenção dos mercadinhos, após intensa reunião com membros do Tribunal de Justiça, incluindo o desembargador Orlando Perri.
Até o momento, apenas dois deputados se manifestaram sobre o veto. Gilberto Cattani (PL) comemorou a medida do governador, enquanto Lúdio Cabral (PT) defendeu a derrubada da proibição e lembrou que a proposta foi aprovada por unanimidade. Gisela defendeu a manutenção da proibição e pregou uma união entre os Poderes para combater o crime organizado.
“É fácil criticar quem está na gestão, mas o enfrentamento não é feito por uma pessoa, mas por um conjunto de parlamentares, Executivo e Judiciário, e temos que nos unir nesse contexto de Mato Grosso, que quer dar um freio nas facções”, pontuou a deputada federal.
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