O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Cláudio Fernando Carneiro Tinoco, demitiu o cabo da PM Ítalo José de Souza Santos, acusado de matar o desafeto Rodrigo Gonçalves da Silva, por vingaça em um bar de Cuiabá. A perda do cargo público junto a condenação de 22 anos de reclusão foi estipulada pelo Tribunal do Júri, em novembro de 2024.
A demissão do ex-militar, contudo, só foi oficializada nesta quarta-feira (29) com a publicação no Diário Oficial. A publicação ainda determina que o comandante realize o recolhimento do fardamento e dos apetrechos que estejam sob a posse de Ítalo.
Em novembro de 2024, o cabo foi condenado pelo Tribunal do Júri de Cuiabá pelo homicídio qualificado. As qualificadoras estabelecidas foram: motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. A sentença foi requerida pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). Atuou em plenário o promotor de Justiça Vinícius Gahyva Martins.
O crime
O homicídio foi cometido em julho de 2012, em um bar situado na Rua Primeiro de Março, em Cuiabá. Ítalo e Rafael Francisco de Almeida, que faleceu no decorrer do processo, mataram a tiros Rodrigo.
As investigações apontaram que Ítalo e Rodrigo mantinham animosidade anterior ao crime, em razão de a vítima ter se desentendido com o irmão e a esposa de um primo do réu. Além disso, Rodrigo teria matado um amigo de Ítalo.
No dia do crime, a vítima estava no bar junto com o cunhado, quando a dupla denunciada chegou em uma motocicleta pilotada por Rafael. Ítalo desceu, retirou o capacete e atirou em Rodrigo.