A edição do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (31/1) traz a exoneração de dez ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um dia antes das eleições das mesas da Câmara dos Deputados e do Senado, marcadas para este sábado (1º).
O titular do Planalto liberou auxiliares licenciados de seus cargos de deputados e senadores para participarem da escolha das novas chefias das Casas.
Entenda a eleição
Deputados e senadores voltam do recesso neste sábado e votam para escolher os presidentes das Casas do Congresso pelos próximos dois anos. Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) já cumpriram dois mandatos como presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, e não podem se reeleger mais uma vez.
Há grandes favoritos para sucedê-los: Hugo Motta (Republicanos-PB) na Câmara e Davi Alcolumbre (União-AP) no Senado. Os favoritos contam com amplo apoio, incluindo do PT de Lula e do PL de Bolsonaro. Com isso, terão de se equilibrar entre as demandas dos diversos grupos políticos presentes no Congresso.
Ao todo, dez integrantes do alto escalão do governo foram exonerados. A partir do ato, eles podem reassumir o mandato nas Casas e participar do processo decisório. A prática é comum em votações importantes para o governo.
Veja quem são
No Senado
Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária);
Wellington Dias (Assistência Social);
Camilo Santana (Educação);
Na Câmara dos Deputados
Alexandre Padilha (Secretaria das Relações Institucionais);
Juscelino Filho (Comunicações);
Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário);
André Fufuca (Esportes);
Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos);
Celso Sabino (Turismo);
Luiz Marinho (Trabalho).
As ministras Marina Silva (Rede), do Meio Ambiente, e Sonia Guajajara (PSol), dos Povos Indígenas, não tiveram a exoneração publicada. O PSol, que integra uma federação com o Rede, lançou candidato próprio à presidência da Câmara, o Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ).
O governo, no entanto, tem apoiado a candidatura de Hugo Motta, franco favorito ao comando da Casa.
Passadas as eleições, é praxe que os parlamentares retomem seus cargos no primeiro escalão do governo.
Metrópoles