O magistrado determinou que a unidade prisional transfira imediatamente a vítima para local seguro, preferencialmente para unidade de saúde prisional ou hospital público, para receber os cuidados médicos e psicológicos necessários. A unidade prisional também deve adotar medidas urgentes para reforçar a segurança na ala LGBTQIA+ e o isolamento dos seis agressores, para garantir a ordem e a segurança do estabelecimento penal.
Também determinou que a equipe multidisciplinar da unidade preste atendimento psicossocial à vítima e acompanhamento aos demais detentos da ala, e encaminhe ao magistrado um relatório detalhado sobre os protocolos de segurança vigentes e um plano de ação para evitar incidentes futuros.
Com o procedimento investigativo o magistrado vai apurar o uso indevido de medicamentos dentro do Centro de Detenção.
O magistrado também remeteu informações ao Ministério Púbico e à Corregedoria do Sistema Penitenciário para instauração de procedimento investigativo sobre o ocorrido.
Ao fundamentar o procedimento investigativo, o magistrado ressaltou que a dignidade da pessoa humana é um princípio fundamental que deve ser respeitado mesmo em ambiente prisional, pois o Estado, ao privar a pessoa de liberdade, assume a responsabilidade por sua integridade física e moral.
Um detido da ala LGBTQIA+ do Centro de Detenção Provisória de Tangará da Serra denunciou que foi estuprado por seis outros detentos, na noite da última segunda-feira (27).
Na denúncia ele disse que foi obrigado a ingerir uma bebida misturada com medicamentos, e após ser dopado, foi estuprado pelo grupo.
Com assessoria
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