O vereador Demilson Nogueira (PP) afirmou ter visto com ‘naturalidade’ a possibilidade de que o Progressista se alie ao União Brasil e Republicanos em uma federação com foco nas disputas eleitorais do ano que vem. No entanto, a medida irá vigorar até 2028, o que acirraria a disputa interna no pleito municipal. O parlamentar demonstrou insatisfação devido à falta de diálogo da nacional com a municipal.
Em coletiva de imprensa na manhã de segunda-feira (3), em meio ao início do ano legislativo na Câmara, o progressista pontuou sobre seu posicionamento quanto à aglutinação partidária.
“Vejo com naturalidade. É como a política está caminhando. Não vejo nada de anormalidade. Aí são só os arranjos que são feitos em Brasília. Fazem os acordos lá, não combinam com a gente aqui. Aí você, caso queira, segue as orientações da casa ou muda de partido”, destacou o parlamentar.
A fala demonstrou certa insatisfação com a nacional, ante aos possíveis impactos nas eleições municipais de 2028. Ocorre que, atualmente, na Câmara de Cuiabá, dentre as 27 cadeiras, oito integram as siglas que poderão formar a federação.
Os republicanos são Maysa Leão, Eduardo Magalhães e Daniel Monteiro. Do União Brasil, Michelly Alencar, Dilemário Alencar e Cezinha Nascimento. Demilson segue isolado com a única vaga do PP, com a nova normativa. Além de correr atrás dos votos em meio às eleições, o vereador terá disputa acirrada com demais ‘coleguinhas’, caso opte por permanecer no partido e concorrer em 2028.
Vale lembrar que o principal articulador da ideia da federação e defensor da proposta era o ex-presidente da Câmara e principal nome do Progressistas, Arthur Lira.