Mulher que matou servidor depois de briga em tabacaria é condenada a 4 anos em regime aberto
Confusão começou em uma tabacaria no Jardim Europa, na Capital, e acabou em agressões na calçada próxima, em 2021; vítima foi abandonada por todos que estavam na cena do crime
O Tribunal do Júri condenou a ré Gabriela Batista Tavares a quatro anos em regime semiaberto pela morte do servidor da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS), Rodolfo da Silva Costa, de 29 anos.
Os jurados acataram a argumentação da defesa e desclassificaram o crime de homicídio simples imputado na denúncia do Ministério Público.
O Conselho de Sentença justificou que, apesar da materialidade delitiva e autoria atribuída à acusada, não reconheceu que Gabriela quis o resultado morte e a condenou pelo crime de lesão corporal seguida de morte.
No despacho, a magistrada destacou que a acusada não registra antecedentes criminais, tinha menos de 21 anos e confessou o crime. Além disso, Mônica reconheceu que o comportamento de Rodolfo contribuiu para a prática do crime.
“Consumiu quantidade excessiva de bebida alcóolica e deu início a uma discussão com a acusada, que culminou em vias de fato e lesões que ocasionaram a sua morte”, destacou.
O motivo do crime foi a discussão entre a acusada e a vítima, pelo fato de Rodolfo não ter aceitado que uma terceira pessoa pagasse bebida para a ré.
“Assim, ante a pena prevista para o crime de lesão corporal seguida de morte, de 04 (quatro) a 12 (doze) anos de reclusão, entendo necessário e suficiente estabelecer a pena-base em 04 (quatro) anos de reclusão”, determinou.
O caso
Rodolfo morreu no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) no dia 3 de setembro, em decorrência de uma briga com a jovem, que, na época, tinha 18 anos. A discussão e troca de agressões ocorreram em uma tabacaria do bairro Jardim Europa, denominado “Boate Legenda 56”.
Depois de ter o rosto socado contra o chão várias vezes, a vítima foi abandonada caída na rua por um amigo e ficou agonizando por horas até a chegada de uma ambulância.
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