O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (União) recomendou que, se o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) almeja disputar a cadeira de governador em 2026, os trabalhos para “agregar pessoas” ao projeto precisam ser iniciados o quanto antes. À imprensa, nesta quarta-feira (5), o articulador político afirmou estar ‘realizado’ com o possível cenário.
Ocorre que está em vias de se concretizar a federação entre União Brasil, Progressistas e Republicanos, o que colocaria Pivetta, o senador Jayme Campos (União) e Cidinho Santos (Progressistas) no mesmo palanque. Os três, que podem vir a integrar o mesmo grupo político, já sinalizaram que almejam disputar o governo no ano que vem.
Com isso, Dilmar foi questionado se o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde (333 km de Cuiabá) não sairia prejudicado no pleito, por ter postura mais reservada. O legislador ponderou dando como exemplo o trabalho ‘municipalista’ do amigo Jayme.
“Eu acho que cada um que queira ser candidato tem que buscar o espaço, tem que ir atrás, ir em visita, se propor a isso. Então, o senador Jayme Campos, eu acompanho a vida dele, sempre está atendendo no gabinete dele, vereadores e prefeitos, da mesma maneira o vice-governador [Pivetta] deve fazer. Eu acho que quem quer ser candidato a governador do Estado tem que correr atrás e agregar pessoas”, reforçou Dal Bosco.
Com isso, o deputado ainda revelou que está contente com as várias possibilidades para o próximo ano.
“Mas é bom que pelo menos nós temos três, quatro, cinco nomes que podem oferecer como opção para a sociedade mato-grossense”, pontuou, relembrando que pretende discutir 2026 somente em 2026.
Disputas internas no União
O governador e presidente regional do União Brasil Mauro Mendes (União) já deixou clara sua preferência pelo nome do vice que o acompanha desde 2010, quando perdeu a primeira eleição para o governo do Estado. Na derrota e ao longo da vitória em 2018 e 2022, Pivetta tem garantido apoio a Mauro desde então.
No entanto, recentes disputas internas na sigla demonstram que pode ser que, apesar do peso do apoio de Mendes, ele pode ser vencido pela opinião da maioria, como ocorreu nas eleições de 2024, no pleito pela Prefeitura de Cuiabá. Apesar de ceder apoio ao nome do atual secretário-chefe da Casa Civil, Fabio Garcia, na corrida pelo Alencastro, quem foi escolhido para concorrer e acabou derrotado foi o deputado estadual Eduardo Botelho (União), inclusive apoiado por Dilmar.
Vale lembrar que a decisão entre Fabio Garcia e Botelho se arrastou por meses, tempo que o vice Pivetta pode não ter, por precisar iniciar o processo de campanha o mais breve possível, justamente para se tornar mais conhecido no Estado.
Duelo no PL
No Partido Liberal, há também há probabilidade de disputa interna, entre o senador Wellington Fagundes (PL) e o mega produtor do agronegócio Odílio Balbinotti, que sequer se filiou à sigla, mas evidenciou interesse ao cargo de governador pelo PL, mesmo sem nunca ter disputado qualquer cargo público. Os liberais já anunciaram que farão pesquisas qualitativas a fim de estabelecer uma definição.