Chateado com a situação que enfrenta no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), o deputado Carlos Avallone ainda não tomou sua decisão se fica ou não na legenda tucanas caso se concretize a fusão com o MDB ou ao PSD.
Avallone disse que esta decisão será tomada somente após a sigla bater o martelo, o que deve acontecer em meados de março deste ano. Desta forma, o deputado não esconde a frustração de sair do partido que ele chama de casa há 29 anos e do qual é o presidente regional.
“Eu vou aguardar essas decisões e vou tomar uma decisão junto com os eleitos pelo PSDB e as lideranças do PSDB. Eu não me sinto à vontade de, em Mato Grosso, tomar uma posição sozinho. Eu acho que aqui nós temos que ir em conjunto. Se for para ir para um desses dois lugares, temos que ir juntos. E se for para escolher um novo caminho, que seja também em conjunto. Para a gente chegar com um grupo que tem um peso para participar de qualquer outra”, disse o deputado nesta quarta-feira (5), durante entrevista concedida à imprensa.
Em um de seus piores momentos na história desde que foi criado em 1988, o PSDB viu sua representatividade nacional cair vertiginosamente. Atualmente, o partido tem apenas 13 deputados federais e quatro senadores. Em 2024, os tucanos não conseguiram eleger nenhum prefeito nas principais cidades do Brasil, o que agravou ainda mais a crise.
Neste ano, a grande salvação dos tucanos pode ser a fusão ou incorporação com o MDB, defendida por Aécio Neves, ou com o PSD, defendida por Marconi Perillo. Apesar de ser contrário as duas possibilidades, Avallone sabe que o diretório de Mato Grosso não tem peso nas discussões nacionais.
“Não é uma decisão que se toma de dia para noite. Vocês me conhecem, eu tenho um espírito democrata realmente, eu não vou tomar essa decisão sozinho. Eu vou reunir todo mundo aqui em Cuiabá. Eu estou no partido desde 1996, é o meu único partido. Então, imagina a minha frustração”, lamentou o deputado.