O vereador Daniel Monteiro (Republicanos) disse que requereu uma audiência com o secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Fabio Garcia, para que ele explique os trâmites que seguem a partir da rescisão do contrato do governo do Estado com o Consórcio BRT, anunciada nesta quarta-feira (5). Ele acrescentou que, a partir das informações prestadas pelo gestor, tomará medidas como parlamentar da Capital na Câmara para preparar a população e evitar prejuízos a setores como comércio.
Em entrevista à Rádio Cultura FM na manhã desta quinta-feira, o parlamentar disse também estar preocupado com o trajeto que de fato o modal fará, outra informação que pretende extrair da conversa com o secretário. O parlamentar acrescentou que quer entender como o impasse contratual de atraso de entregas das obras se deu, tendo em vista o rigoroso pagamento feito pelo governo estadual.
“Eu me vinculo ao grupo do governador Mauro Mendes (União), venho da gestão, e eu sei por fato, com todos sabem, que o governador paga tudo em dia. Eu nunca vi o governador Mauro Mendes atrasar um pagamento. Então, se ele estava pagando em dia e a empresa não estava executando, e ele rescindiu, fez a parte dele. Agora, a gente precisa entender como tomar os próximos passos”, declarou.
Monteiro acrescentou a preocupação em torno do atraso possivelmente por ações judiciais ingressadas na gestão de Emanuel Pinheiro (MDB) para impedir o avanço das obras na Capital.
“É por isso que eu pedi essa audiência com o deputado Fabio Garcia para fazer um diagnóstico, para não subir na tribuna da Câmara e falar alguma coisa que não coincida com a verdade. Então, depois dessa audiência, eu vou decidir qual providência eu vou tomar diante do parlamento cuiabano, porque nós precisamos apurar. Inclusive, as denúncias que estão sendo feitas de que, no ano passado, ações judiciais do ex-prefeito Emanuel Pinheiro adiaram o andamento da obra. Eu acho que tá muitas falas ao mesmo tempo e pouca resposta para a população”, asseverou.
Por fim, o parlamentar demonstrou a inquietação com a definição do trajeto e a preocupação com empresários e moradores das vias afetadas.
“Os pontos que eu gostaria de conversar com Fabio Garcia é a questão do trajeto do BRT pra gente entender para onde ele vá. A conversa com a população a respeito dos impactos que a obra traz em frente, do seu respectivo processo, e as legislações respectivas às residências que terão, porque a gente sabe que, no curto prazo, é difícil para o empresário. É uma hora que atrapalha o estacionamento, o trânsito, mas, no longo prazo, ele vai ser beneficiado. Mas a gente precisa preparar a população pra isso, e eu tenho certeza que a gente vai ter um diálogo muito bom no governo do Estado e depois, dentro da Câmara, eu vou me posicionar como parlamentar”.