O psicólogo Douglas Amorim, 37 anos, vítima de agressão na boate de Cuiabá Nuun Garden, criticou a conclusão do inquérito policial da Polícia Civil que apontou que não houve motivação homofóbica no crime, ocorrido no dia 12 de janeiro. O acusado Yuri Matheus de Siqueira Matos responderá apenas por lesão corporal de natureza leve.
Douglas relatou ao Leiagora que não sabe em que o delegado Flávio Henrique Stringueta, responsável pelo caso, baseou-se para chegar a uma conclusão. Ele também acusou Stringueta de não dar importância às questões homofóbicas.
“Tenho certeza que em provas e evidências não foi (resultado do inquérito). [...] O delegado já escreveu um texto falando que homofobia e racismo é mi mi mi”, contou.
Apesar de o resultado das investigações ter sido concluído na quinta-feira (6), a vítima ainda informou que a polícia não a procurou ou informou seu advogado a respeito da conclusão do inquérito e que descobriu pela imprensa.
O psicólogo também disse que levou sete pessoas para testemunhar sobre o caso e que o acusado não levou nenhuma. No entanto, o documento policial informa que apesar dos fatos serem presenciados por diversas testemunhas e cenas gravadas pelas câmeras do circuito interno, não foi confirmado que as discussões ocorreram em razão de homofobia.
O Leiagora procurou a Polícia Civil para se manifestar sobre as alegações da vítima. No entanto, não obtivemos retorno até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto.
Resultado do inquérito
A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a agressão sofrida pelo psicólogo Douglas Amorim, no banheiro da boate Nuun Garden, em Cuiabá, no dia 12 de janeiro. A investigação apontou não houve motivação homofóbica no cometimento do crime e o acusado Yuri Matheus de Siqueira Matos foi indiciado por lesão corporal de natureza leve. A casa noturna não foi citada no documento.
Durante a apuração dos fatos, foram ouvidas 13 pessoas, entre elas, 11 testemunhas, além do suspeito e da vítima. Também foram analisadas mais de cinco horas de filmagens no interior da boate.
De acordo com a polícia, as investigações ainda apontaram que Yuri e Douglas tiveram desentendimentos durante a noite, que finalizaram com a agressão no banheiro da boate.
Ainda conforme a polícia, os fatos foram presenciados por diversas testemunhas, não sendo confirmado que as discussões ocorreram em razão de homofobia.
O inquérito policial foi remetido ao Ministério Público e Poder Judiciário para as demais providências.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.
Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.