Júlio nega sabotagem no DAE por parte de seu grupo político e sugere atos de facções criminosas
Somado a isso, o parlamentar elencou a demissão de diversos funcionários que atuavam como guardas em estações de tratamento, além de administração sem experiência no setor
Da Redação - Luíza Vieira / Da Reportagem Local - Paulo Henrique Fanaia
O deputado estadual Júlio Campos (União) negou que haja sabotagem de seu grupo político apontada pela Prefeitura de Várzea Grande, corroborando para a crise do abastecimento d’água no município. À imprensa, na manhã desta quarta-feira (12), o parlamentar, ex-prefeito da cidade, sugeriu que as possíveis investidas contra a gestão da prefeita Flávia Moretti (PL) possam ter surgido a mando de facções criminosas.
“Se nós, que somos oposição, queremos ajudá-la a resolver o problema, estamos dispostos a fazer o possível, dar apoio, dar recursos, dar emenda, quem queria fazer sabotagem? O ex-prefeito Kalil não é um homem disso, vocês o conhecem, um cara sensato, equilibrado. Só se é algum outro grupo, PSOL, sei lá, Comando Vermelho, alguma coisa disso aí. PCC, sei lá o quê. Não é por parte dos políticos”, declarou Júlio.
O município enfrenta uma nova crise em relação ao abastecimento e, neste quarta, a prefeita decretou situação de calamidade pública em razão da dificuldade de resolver a questão. Diversos bairros e regiões estão há dias sem água, o que culminou em uma série de protestos e críticas à gestão liberal. Moretti e o senador Jayme Campos (União), até então ‘inimigos políticos’, chegaram a se reunir na terça-feira, no gabinete do parlamentar em Brasília, para discutir o envio de recursos à cidade, momento em que a questão hídrica também virou pauta.
Segundo Júlio, ocorre que a nova administração do Departamento de Água e Esgoto (DAE) ainda não está familiarizada com o trabalho, somado à sequência de demissões de profissionais que atuavam na segurança das estações de tratamento. O combo, conforme ele, tornou-se um ‘prato cheio’ para criminosos.
“As informações que eu tenho é que, como assumiu a nova diretoria do DAE e com pessoas que não conhecem a realidade de Várzea Grande, houve uma demissão sumária de funcionários e de guardas. Todo prédio público que fica sem guarda, ladroagem está muito grande em Mato Grosso, em Várzea Grande. Então, sem critério, foram dispensando profissionais que conheciam as redes, dispensaram os guardas e aí houve roubo de equipamentos, até de transformador”, pontuou o parlamentar.
Além de problemas hídricos, a cidade enfrenta também o surto de chikungunya, tanto que o município chegou a decretar situação de emergência em saúde. Com isso, Júlio destacou que, além de ‘apaziguar’ a situação da água, Flávia e o vice-prefeito Tião da Zaeli (PL) precisam se atentar a demais problemáticas que afligem a população.
“Pode-se demitir funcionários, mas com critérios, desde que não venha prejudicar o andamento. Eu espero que a prefeita Flávia, agora, mais assentada no cargo, concentre mais junto com o seu vice-prefeito Tião, no sentido de resolver os problemas mais graves, não só de água, como também o mato que está tomando conta, a chikungunya que está tomando conta e também os buracos das ruas”, finalizou.
Como o parlamentar mencionou o PSOL, a reportagem entrou em contato com o partido para se posicionar sobre a suspeita levantada e aguarda seu posiconamento.
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