O ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) garante que está pronto para ir à Câmara de Vereadorespara prestar esclarecimentos nas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que tramitam no Legislativo e investigam atos da sua gestão. De acordo com o emedebista, o momento servirá para que ele apresente a sua versão dos fatos e leve documentos para comprovar que não fez nada de errado.
“Tem que convocar mesmo, eu estou pronto pra ir. Eu sempre falei que estou pronto. Será a oportunidade de mostrar a verdade como ela é”, disse o prefeito durante entrevista concedida ao Jornal da Cultura nesta sexta-feira (28).
Atualmente a Câmara já conta com duas CPIs em funcionamento. A primeira CPI instaurada no Legislativo partiu do novato Rafael Ranalli (PL). O grupo liderado pelo liberal investiga o contrato estabelecido entre a Prefeitura de Cuiabá e a empresa CS Mobi, responsável pela concessão do estacionamento rotativo na capital. Fazem parte da comissão o vereador Dilemário Alencar (União), como vice-presidente e relator, e Maysa Leão (Republicanos) como membro.
Outra CPI é a da “Fiação de Energia e Telefonia”. Ela partiu de uma iniciativa do vereador Eduardo Magalhães (Republicanos) e tem como objetivo investigar de quem é a responsabilidade pela regularização da fiação instalada pelas companhias de energia, telefonia, TV a cabo e internet.
Já a Michelly Alencar (União) conseguiu recolher 20 assinaturas para emplacar mais uma comissão. Esta tem como objetivo investigar possíveis irregularidades na gestão financeira do município até o exercício de 2024, quando o prefeito Emanuel ainda estava à frente do Palácio Alencastro.
O grupo deve analisar se houveram desvios de recursos públicos, apropriação indevida de valores, fraudes fiscais e descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que possa ter resultado em prejuízos aos cofres públicos.
Os três grupos não descartam a possibilidade de convocar o ex-prefeito para que ele preste depoimento nas comissões.
Enquanto isso, o ex-gestor já vem fazendo sua defesa em entrevistas. Nesta sexta, durante o Jornal da Cultura, ele disse afastou qualquer tipo de acusação de “apropriação indébita” dos servidores públicos e afirmou que quem o acusa deve provar.
“A apropriação indébita tem que ser provada antes de falar uma irresponsabilidade dessas. O que existiu foi falta de recursos. Não teve recurso suficiente e siso só aconteceu nos últimos 5, 4 meses do mandato”, disse o prefeito.