A secretária municipal de Saúde de Cuiabá, Lucia Helena, se reuniu na última semana com representantes do Ministério da Saúde para discutir um novo projeto voltado ao atendimento da saúde dos caminhoneiros e das pessoas que vivem em torno dessa atividade. A iniciativa será realizada em parceria com os municípios e tem previsão de implantação ainda no primeiro semestre deste ano.
Durante a reunião, o Ministério da Saúde apresentou um estudo que identificou as rodovias mais movimentadas do país, destacando a BR-364, que corta todo o estado de Mato Grosso e o Brasil. Com base nesse levantamento, Cuiabá foi escolhida como uma das cidades estratégicas para receber o projeto, devido ao intenso fluxo de caminhões na região.
A proposta prevê a instalação de uma unidade de atendimento básico, semelhante a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), em um ponto estratégico da capital mato-grossense. O objetivo é oferecer assistência médica, farmacêutica e de enfermagem aos caminhoneiros e também às pessoas que, de alguma forma, estão vinculadas a essa população, como esposas, crianças e trabalhadores dos pontos de parada das rodovias.
"A gente sabe que 98% dessa população são de homens, mas também temos mulheres, eventualmente poderíamos atender esposas ou crianças que acompanham essas pessoas nas estradas. Trabalhadoras desses pontos de parada. Esses pontos já foram identificados em várias cidades do Brasil, e Cuiabá foi uma das cidades escolhidas pelo grande fluxo de caminhões que passa por aqui. Então, agora, vamos sair para identificar o melhor ponto para a instalação dessa comunidade de saúde", explicou a secretária Lucia Helena.
O projeto será financiado integralmente pelo Ministério da Saúde, desde a contratação de profissionais até a alocação de contêineres ou construção da unidade, dependendo do que for mais adequado para a realidade local. O município será responsável pela seleção dos profissionais, mas os custos serão cobertos pelo Governo Federal.
A secretária avaliou positivamente a iniciativa e destacou a importância de um atendimento diferenciado para esse público. "Talvez a gente até não tenha real noção do quão grande é essa população, porque não temos esse atendimento diferenciado. Acho que teremos a oportunidade de conhecer o verdadeiro volume de atendimentos dessas pessoas e garantir um acompanhamento adequado para as suas necessidades de saúde", afirmou.
Com a previsão de implantação para os próximos meses, a expectativa é de que o projeto contribua para a melhoria da qualidade de vida dos caminhoneiros e da população que depende direta ou indiretamente desse setor fundamental para a economia do país.
