“O que eles fizeram com a minha filha não se faz nem com animal”, declarou Ana Paula Azevedo, mãe de Emilly Azevedo, de 16 anos, durante o velório da adolescente, no fim da manhã desta sexta-feira (14), na Funerária Capelas Jardins, em Cuiabá. Em um depoimento cheio de dor e revolta, a mulher diz acreditar que a assassina não agiu sozinha.

“Eu peço muito para as autoridades, alguém que possa nos ajudar, que coloque na cadeia. Eles não têm que ficar impunes, porque o que eles fizeram com a minha filha não se faz nem com animal”, disse à imprensa.

Na ocasião, a mãe ainda disse acreditar que a suspeita do crime, Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, não poderia ter agido sozinha e que houve a participação de outras pessoas no ato macabro.

“Não teve como ela agir sozinha, porque, pelo dano que eles fizeram no corpo da minha filha, ela sozinha não conseguiria. Ela teve ajuda de pessoas.”

Vale ressaltar que, além de Nataly, inicialmente foram presas outras três pessoas, sendo elas o marido, o irmão e o cunhado da autora confessa do homicídio. O esposo da assassina, Christian Albino Cebalho de Arruda, de 28 anos, foi preso no hospital junto com a esposa. Já os outros dois foram encontrados na cena do crime.

Como já anunciado pelo Leiagora, os três foram soltos na noite desta quinta-feira (13) por falta de elementos suficientes que comprovem o envolvimento deles na morte da vítima.

Para a mulher, o marido de Nataly está envolvido no crime e ajudou a esposa. “Eu acredito que ele não é inocente. Premeditaram tudo isso que ia acontecer com a minha filha, planejaram tudo, tiveram tempo.”

Bastante emocionada, Ana disse que quer a autora do crime e possíveis envolvidos atrás das grades.

“Como ser humano, eu não desejo nem para a pior pessoa do mundo o que eles fizeram com a minha filha, mas eu acredito que a justiça vai colocar eles onde eles têm que ficar, que é atrás das grades. E eu acredito também na justiça de Deus.”

“Assim, é muita revolta. Fizeram muita crueldade com a minha filha. Uma menina cheia de sonhos, que queria apenas ter a família. Acreditou em pessoas que nem se pode chamar de pessoas, porque não são nem humanos”, concluiu.