Cuiabá, terça-feira, 29/04/2025
15:01:00
Dólar: 5,63
Euro: 6,4
informe o texto

Notícias / Polícia

15/03/2025 às 17:23

COMPARTILHAVAM CELULAR

Chefe de cozinha desconfiava de conversas apagadas no celular da esposa que matou adolescente grávida

Nataly falava que era "conversa de menina" e por isso apagava as mensagens

Eloany Nascimento

Chefe de cozinha desconfiava de conversas apagadas no celular da esposa que matou adolescente grávida

Foto: Eloany Nascimento/Montagem Leiagora

O chefe de cozinha Christian Albino Cebalho de Arruda, de 28 anos, desconfiava de conversas apagadas no celular da esposa, Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, mas não suspeitava que a ‘gravidez’ da mulher fosse forjada. O casal é investigado por matar a adolescente de 16 anos, Emelly Azevedo Sena, que antes de ser morta teve a barriga rasgada e a filha roubada de seu ventre. 

Durante o interrogatório realizado na última quinta-feira (13), na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o suspeito disse que compartilhava o celular com a mulher, com quem tinha um relacionamento há pouco mais de um ano.

A desconfiança foi relatada ao ser questionado se ele tinha conhecimento de que a esposa estava conversando com Emelly e se ele conhecia a vítima. O homem disse que não para ambas as perguntas e afirmou que Nataly  falava que era "conversa de menina" e, por isso, apagava as mensagens. 

Leia também - Familiares de Nataly e outros suspeitos do homicídio de Emelly estão sendo ameaçados de morte, revela defesa

Cebalho disse ainda que sempre acreditou na gestação, que pegava na barriga da esposa e achava que seria pai pela primeira vez. Apesar disso, o homem alegou que nunca acompanhou  Nataly na rotina do pré-natal, mas que ela apresentava fotos e exames atestando a gravidez. 

Dia do crime

Cebalho informou aos policiais que, no dia do crime, quarta-feira, chegou ao restaurante onde trabalha, chamado "Meat’s Grill", por volta das 9h. O estabelecimento está localizado a aproximadamente 6 minutos de sua casa. Ele se deslocou até lá em uma motocicleta 125CG preta, que pertence a Nataly. Além disso, Cebalho mencionou que não levou seu celular para o trabalho naquele dia, pois compartilhava o aparelho com sua esposa e o deixou com ela.

Consta no documento que Cebalho alegou que não se comunicou com Nataly durante seu expediente e que permaneceu em seu local de trabalho até por volta das 15 horas. 

Depois, ele teria ido para a casa onde ficou até pouco antes das 16 horas, momento em que recebeu a visita de Alédson, cunhado de Nataly. Alédson perguntou se ele estava "preparado" e informou que o bebê estava prestes a nascer. Juntos, eles foram ao Hospital Santa Helena.

Leia também - Cunhado de Nataly suspeito de participação no crime foi o primeiro a ver mulher com bebê ainda com cordão umbilical depois de falso parto

Ao chegarem ao hospital, familiares de Nataly já estavam presentes, mas ela se encontrava na maternidade com o bebê. Devido à falta de horário para visitas, Cebalho teve que aguardar para ver a recém-nascida. 

Após esse período, ele retornou para casa com Alédson para tomar um banho e verificar como estavam os outros três filhos de Nataly. Mais tarde, por volta das 21 horas, ele voltou ao hospital.

No Santa Helena, Cebalho encontrou Nataly e o bebê. Depois, ele ficou com a neném enquanto Nataly desceu para fumar. Em determinado momento, um policial militar entrou no quarto e pediu que Cebalho o acompanhasse. Ao questionar sobre a situação, o policial informou que estava cumprindo seu dever e que o bebê não era da "sua mulher", solicitando esclarecimentos adicionais.

Depois de prestar depoimentos e a Polícia Civil entender que não havia elementos suficientes de que Cebalho e os outros dois suspeitos, irmão e cunhado de Nataly, tivessem ajudado a assassina confessa do homicídio da adolescente, eles foram soltos.

Nataly confessou ter arquitetado e executado a morte de Emelly na casa do irmão, sozinha, para ficar com o bebê. Ela deu detalhes à polícia de como asfixou a menor, amarrou braços e pernas e abriu sua barriga com um instrumento cortante quando a adolescente ainda estava viva para extrair a criança. 

A menor, que morreu em decorrência da hemorragia sofrida no parto forçado, foi enterrada por Nataly na cova rasa também aberta por ela no quintal da casa do irmão, no bairro Jardim Florianópolis, local este para o qual foi atraída pela suspeita para receber doações e produtos de neném.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet