Cuiabá é a terceira capital mais endividada do país, conforme dados do Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais que avalia receitas e despesas de prefeituras. A Capital cravou 43,2% no indicador e ficou atrás apenas do Rio de Janeiro, com 54,1%, e Manaus, com 45,1%. A prefeitura cuiabana teve também pior posição quanto ao planejamento sobre disponibilidade de caixa.
A Capacidade de Pagamento (CAPAG) é feita anualmente pelo Ministério da Fazenda, que estipula critérios para cada avaliação e respectivas notas em consideração aos indicadores referentes aos dados de 2024.
O cálculo por endividamento é feito pela divisão entre Dívida Consolidada e Receita Corrente Líquida (RCL), que tem Cuiabá entre as três piores posições. Isso implica no seguinte: se toda a dívida da Capital fosse paga neste momento, o valor seria correspondente a 43,2% da receita anual do município.
Situação mais confortável financeiramente enfrenta Boa Vista, capital de Roraima, com 9,54%, Rio Branco, no Acre, que obteve indicador de 12%, e Vitória, no Espírito Santo, com 13,25%. Elas configuram como as capitais com menos dívidas.
Quanto às notas (A,B,C) que levam em consideração os critérios: endividamento, poupança corrente e índice de liquidez, a capital mato-grossense levou a pior nota, a “C”. Mas já demonstra certo “avanço”, visto que, em 2022 e 2023, não houve nota, pois nesses anos a capital apresentou Capag suspensa “pela falta de esclarecimento acerca de distorções nos seus demonstrativos contábeis e fiscais”.
Outro percentual que deixou Cuiabá mal posicionada foi em relação à Disponibilidade de Caixa Líquida por Despesa Mensal Liquidada Média, em que a capital apresentou disponibilidade negativa de caixa (-2,4), sendo, portanto, incapaz de arcar com despesas, caso sofram um choque negativo de receitas. Com essa marca, a prefeitura cuiabana tem a pior posição do ranking.