Gilmar e 'Farrame' lideravam esquema de extorsão e controle de distribuidoras de água, diz Gaeco
Durante a coletiva, também foi reforçado que a organização criminosa opera de forma descentralizada, o que torna difícil identificar um único líder ou chefe absoluto dos esquemas
O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Adriano Roberto Alves, detalhou as funções desempenhadas por Fábio Júnior Batista Pires, conhecido como “Farrame”, e Gilmar Machado da Costa, o “Gilmarzinho”. Ambos eram membros do Comando Vermelho e foram mortos durante confronto policial da 'Operação Acqua Ilícita', deflagrada nesta quinta-feira (20), pelo Gaeco.
De acordo com o Gaeco, Fábio Júnior Batista Pires era um dos líderes de um esquema de extorsão contra comerciantes do setor de distribuição de água mineral em Cuiabá. Ele era responsável por cobrar taxas dos distribuidores para permitir a entrega dos produtos, além de impor regras sobre quais comerciantes poderiam receber as mercadorias.
Gilmar Machado da Costa atuava como braço direito no esquema, auxiliando na organização das cobranças e assumindo o controle de distribuidoras em nome do CV quando comerciantes se recusavam a pagar as taxas impostas pela facção. Além disso, ele também era responsável pelo cadastramento de membros no núcleo de arrecadação da facção.
Durante a coletiva, também foi ressaltado que a organização criminosa opera de forma descentralizada, o que torna difícil identificar um único líder ou chefe absoluto dos esquemas.
“Dizer que tem um chefe, um líder é difícil porque cada um desempenhava um papel e todos juntos estavam buscando justamente isso, o domínio não só dessa faixa, mas tinha uma intenção de dominar a cadeia produtiva. Então, todos os que foram presos, que foi expedido um mandado de prisão, são figuras importantes dentro dessa organização criminosa”, esclareceu o coordenador do Gaeco.
Na operação deflagrada nesta quinta, conforme coletiva concedida pelos integrantes do Gaeco, Ferrame era considerado uma das lideranças da comercialização clandestina e ilícia no comérico de água mineral.
As informações preliminares dão conta de que, durante cumprimento de mandados no âmbito da Operação Acqua Ilicita, os dois alvos reagiram à abordagem e foram atingidos.
A ação das forças de segurança visa ao combate à extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa que vinha prejudicando comerciantes de água mineral e aumentando os preços para os consumidores, com o objetivo de enriquecer criminosos que aterrorizam a população em Mato Grosso.
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