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25/03/2025 às 08:36

DETERMINOU BUSCA E APREENSÃO

Judiciário mantém prisão de PM e condena 'justiça com as próprias mãos'

Ele é investigado pelo homicídio do jovem Claudemir Sá Ribeiro, ocorrido no último domingo (23), em um bar de Colniza

Eloany Nascimento

Judiciário mantém prisão de PM e condena 'justiça com as próprias mãos'

Foto: reprodução

O Judiciário de Mato Grosso decidiu converter a prisão em flagrante do subtenente aposentado da Polícia Militar, Elias Ribeiro da Silva, em prisão preventiva. Ele é investigado pelo homicídio do jovem Claudemir Sá Ribeiro, ocorrido no último domingo (23), em um bar de Colniza (1.058 km de Cuiabá).

Na audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (24), o juiz Guilherme Leite Roriz, da Vara Única da Comarca de Colniza, reprovou a conduta do ex-policial, que também é diretor da Escola Estadual Militar Tiradentes, e destacou que a suposta participação da vítima em uma facção criminosa não justifica fazer "justiça com as próprias mãos".

O magistrado enfatizou que a lei não permite que indivíduos ajam por conta própria, independentemente das circunstâncias.

“Mostra-se reprovável a conduta do custodiado do ponto de vista social e da civilidade, considerando que ceifou a vida de um jovem sem motivo aparente. A suposta participação da vítima em facção criminosa não autoriza o custodiado a agir por conta própria, cabendo às autoridades constituídas, por meio da Polícia Civil, do Ministério Público e do Poder Judiciário, não persistindo a necessidade de ‘justiça com as próprias mãos’”, argumentou.

O magistrado determinou ainda busca na casa do investigado e a apreensão de armas, munições, possíveis objetos ilícitos e o celular do criminoso.

"Defiro a busca e apreensão de objetos necessários à prova de infração em posse dos suspeitos, objetos, instrumentos e produtos de crime, ou de qualquer coisa obtida por meio ilícito, em especial as armas de fogo, celulares e eletrônicos, no endereço residencial do custodiado", disse.

O crime

As investigações revelaram que Elias havia passado o dia consumindo bebidas alcoólicas na companhia de duas mulheres. À noite, ele se dirigiu ao Bar do Seninha, localizado no centro de Colniza. Durante a noite, as mulheres se levantaram e foram até a mesa onde estavam Claudemir, seu irmão e um amigo. Revoltado com a situação, Elias expressou sua indignação a um garçom, afirmando que não aceitava ser "trocado" por homens que supostamente pertenciam a uma facção criminosa, e ameaçou matar todos os supostos membros da facção.

Após as mulheres deixarem o bar, Elias se aproximou da mesa onde Claudemir estava sentado. Ignorando a presença de Elias, Claudemir estava distraído, olhando para o celular, quando Elias sacou uma arma e disparou contra ele. Claudemir tentou fugir, mas não sobreviveu aos ferimentos. Após o crime, Elias ainda gritou no bar que mataria outros integrantes da facção criminosa.

As investigações subsequentes esclareceram que Claudemir não tinha qualquer ligação com facções criminosas, assim como seus amigos que o acompanhavam no bar.
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