AGORA POD | Titular da Sejus dá recado duro a líderes de facções presos e 'garante' trabalho e salário a quem quer ressocialização
Ao Agora Pod, Vitor Hugo Teixeira ainda revelou como é o "universo" dos reeducandos nas 41 unidades prisionais do Estado, incluindo a maior delas, a PCE
O secretário de Justiça (Sejus) de Mato Grosso, Vitor Hugo Teixeira, enviou um recado claro aos líderes de facções criminosas que tentam entrar no sistema penitenciário do estado com a intenção de continuar comandando crimes de dentro da prisão. Em entrevista ao Agora Pod, ele destacou que aqueles que desejam mudar de vida podem contar com oportunidades de trabalho, profissionalização, educação e salário oferecidos pela Secretaria de Justiça, mas, ao contrário disso, aqueles que cometerem alguma falta “serão responsabilizados”.
“Aquele que é líder de facção e quer entrar no sistema prisional para continuar comandando terá a força do Estado. Ele ficará em um raio de segurança máxima”, afirmou o secretário.
Com cerca de 13.500 vagas disponíveis nas 41 unidades prisionais estaduais, sendo 2.900 apenas na Penitenciária Central do Estado (PCE), o sistema prisional enfrenta um grande desafio com a presença de líderes de facções criminosas, que utilizam sua influência para orquestrar crimes dentro do regime fechado.
Atualmente, esses chefes estão alocados no raio 8 da PCE, que é considerado de segurança máxima. Nesse local, são estabelecidas medidas rigorosas, como a permanência em celas individuais e a possibilidade de banho de sol uma vez ao dia, também de forma individual.
Por outro lado, aqueles que demonstram bom comportamento e estão abertos à ressocialização recebem apoio do governo por meio do fortalecimento de políticas públicas. Segundo Vitor Hugo, ao entrar no sistema penitenciário, o indivíduo tem a opção de continuar no mundo do crime ou aproveitar as oportunidades oferecidas.
“A pessoa tem a escolha. Ela quer seguir o caminho do crime? O Estado de Mato Grosso oferece várias oportunidades de trabalho e profissionalização”, explicou.
O secretário também destacou o trabalho realizado pela Fundação Nova Chance, que atua na intermediação da mão de obra dos reeducandos.
“Eles já recebem valores do salário, que ficam depositados para quando saírem do sistema penitenciário. A família também recebe uma parte desse salário para se sustentar”, detalhou.
Vitor Hugo enfatizou que o estado de Mato Grosso está comprometido em oferecer oportunidades, sempre com o suporte de equipes multidisciplinares nas comunidades.
“A gente fomenta uma boa prática, mostra o caminho para aquelas pessoas que estão privadas de liberdade. O caminho do bem, da educação, do trabalho. Aquele que não quer seguir esse caminho também vai ter ali o fortalecimento, a rigidez por parte do sistema penitenciário, por parte da Secretaria de Justiça do governo do Estado”,concluiu.
Veja a entrevista:
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