Cuiabá, segunda-feira, 19/05/2025
21:35:23
Dólar: 5,65
Euro: 6,34
informe o texto

Notícias / Judiciário

02/04/2025 às 09:29

VITÓRIA MÉDICA

Suspensão de resolução que transforma farmacêuticos em médicos é vitória da sociedade, avalia presidente do CRM-MT

Justiça suspende resolução do CFF que permitia prescrição de medicamentos por farmacêuticos, considerada uma vitória pela Medicina; punições são esperadas para diretores envolvidos

Leiagora

Suspensão de resolução que transforma farmacêuticos em médicos é vitória da sociedade, avalia presidente do CRM-MT

Foto: Foto: Reprodução

A decisão da Justiça que cassou a resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF), permitindo que farmacêuticos prescrevessem medicamentos, foi considerada uma vitória pela sociedade pelo presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), Diogo Sampaio. Após a suspensão da norma, Sampaio espera punições para os diretores do CFF responsáveis pela sua aprovação.

Ele afirmou que a resolução era uma tentativa indevida de invadir a competência médica e colocar a saúde da população em risco. "Medicina não se faz por canetada. Essa conquista é fruto da mobilização de médicos, entidades e cidadãos que defendem a ética e a segurança do paciente", acrescentou Sampaio.

A suspensão foi determinada pelo juiz federal Alaôr Piacini, que apontou que a nova resolução foi emitida apenas quatro meses após uma decisão anterior a favor do Conselho Federal de Medicina (CFM). O juiz destacou que a prescrição de medicamentos exige um diagnóstico, que é uma competência exclusiva dos médicos. Ele observou que o balcão da farmácia não é o local adequado para tal diagnóstico, devido à falta de formação dos farmacêuticos.

Piacini também mencionou os perigos de prescrições inadequadas, que podem levar a danos irreversíveis. Ele suspendeu a eficácia da resolução e ordenou que o CFF não emita outro ato semelhante, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

Sampaio espera que o CFM continue o processo contra os dirigentes do CFF por prevaricação, classificando a situação como uma grave irresponsabilidade. "Estamos vigilantes até que haja punições justas para quem abusou de um conselho de classe em benefício próprio", finalizou.

 
Da assessoria
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet