A secretária de Saúde de Várzea Grande, Deisi Bocalon Maia, criticou a truculência do vereador Kleberton Feitoza (PSB) em fiscalizações 'surpresa' nas unidades de saúde da cidade. Em entrevista ao Agora Pod, a gestora admitiu que, em menos de 90 dias úteis de gestão, a organização da Pasta ainda está “aquém” do que se espera, mas deixou claro que tem trabalhado para oferecer melhorias. Também reforçou que as unidades estão de portas abertas para inspeções, desde que servidores e pacientes não sejam expostos a constrangimentos.
“O problema é a forma e a exposição dos servidores, a forma de trato, a truculência. Isso não leva à nada, isso só intimida os profissionais no exercício da sua função. Ele só atrapalha, até o funcionamento da unidade”, declarou a também enfermeira graduada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
A secretária explicou que, naquele dia, a unidade havia registrado várias mortes, alguns médicos estavam acompanhando um paciente infartado, momento em que o vereador teria entrado em um dos consultórios já com a câmera ligada.
“Como que alguém entra dentro da sala e expõe o paciente numa consulta médica, filma isso? E também o profissional dentro da sua intimidade, num repouso... Se ela estivesse nua, se trocando? Então, essas coisas, esse tipo de excesso que tem que ser evitado”, ponderou a secretária.
Deisi, com diversas especializações em gestão, já atuou como secretária adjunta de Gestão Hospitalar e Executiva na Secretaria de Estado de Mato Grosso (Ses-MT) e ajudou a pasta durante a intervenção na Saúde de Cuiabá, em 2023. Ela admitiu que, em Várzea Grande, precisa de mais tempo para colocar a “casa em ordem” e que fiscalizações são sempre bem-vindas, com a condição de que sejam respeitosas.
“Se tiver crítica para ser feita, essa secretaria não vai se eximir, porque a gente tem noção e ciência que nós estamos muito aquém do que é perfeito, do que é bom, mas a gente precisa de um tempo para poder colocar a casa no lugar. Nós temos aí menos de 90 dias úteis de gestão”.
Confira a entrevista completa:
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