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09/04/2025 às 12:54

ZERO EMPATIA

Estudantes de medicina expõem caso de paciente no TikTok e família reage

Vitória Chaves da Silva passou por três transplantes de coração antes da publicação do vídeo, a jovem acabou morrendo em fevereiro

Portal Leo Dias

Estudantes de medicina expõem caso de paciente no TikTok e família reage

Foto: Reprodução

Depois de duas estuantes de medicina da Universidade de São Paulo (USP), identificadas como Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano, publicarem um vídeo no TikTok debochando de uma paciente que foi submetida a três transplantes de coração, o registro feito pelas universitárias foi deletado da rede social nesta terça-feira (8/4).

A paciente em questão se chamava Vitória Chaves da Silva e realizava tratamento no Instituto do Coração (Incor), no Hospital das Clínicas da universidade, mas acabou falecendo de insuficiência renal no dia 28 de fevereiro. No vídeo, o nome da paciente não foi citado, mas alguns amigos que viram a publicação reconheceram o caso, raro no Brasil, e encaminharam para a família de Vitória.

Giovana Chaves dos Santos e Cláudia Aparecida da Rocha Chaves, irmã e mãe da paciente, repudiaram a atitude das estudantes e afirmaram que além da exposição do caso as duas teriam espalhado mentiras sobre Vitória, já que no vídeo as alunas afirmam que um dos transplantes foi rejeitado por falta de cuidado da paciente.

A família emitiu um boletim de ocorrência depois do vídeo ter sido visualizado por mais de 200 mil pessoas, e ainda acionou o Ministério Público de São Paulo (MPSP) e o Incor. 

Incor se manifestou

Em meio a repercussão de vídeo em que duas estudantes de medicina aparecem zombando de paciente que foi submetida a três transplantes cardíacos, o Instituto do Coração (Incor) de São Paulo se manifestou informando que está apurando “rigorosamente” o caso.

No vídeo publicado no TikTok e tirado do ar posteriormente, as alunas fazem chacota da jovem Vitória Chaves da Silva, de 26 anos, insinuando que a quantidade de procedimentos cirúrgicos decorreu da insinuada negligência da paciente, que morreu em 28 de fevereiro, nove dias depois do compartilhamento do vídeo feito por Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeira Soares Foffano.

“O Incor, referência na América Latina nas áreas de cardiologia e pneumologia, reafirma seu compromisso com a ética e a confidencialidade, e informa que não divulga dados de pacientes”, diz trecho em nota enviada à imprensa.

A instituição afirmou que repudia “veementemente” atitudes que “violem esses princípios”, garantindo que “adotará todas as medidas cabíveis” sobre a conduta das duas alunas.

A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) disse que as alunas atualmente não têm qualquer vínculo acadêmico com a universidade ou com o Incor. As estudantes estavam no hospital em função de um curso de extensão de curta duração (um mês). “Assim que foi tomado conhecimento do fato, as universidades de origem das estudantes foram notificadas para que possam tomar as providências cabíveis”, diz nota.

“Internamente, a USP está tomando medidas adicionais para reforçar junto aos participantes de cursos de extensão as orientações formais sobre conduta ética e uso responsável das redes sociais, além da assinatura de um termo de compromisso com os princípios de respeito aos pacientes e aos valores que regem a atuação da instituição”, finaliza o texto.
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