O produtor rural e ex-presidente da Aprosoja Mato Grosso e Brasil, Antônio Galvan, atualmente filiado ao Partido Democracia Cristã e pré-candidato ao Senado, posicionou-se a favor da concessão de anistia aos envolvidos nas manifestações de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Em entrevista ao Agora Pod, Galvan também fez críticas ao sistema judiciário e à forma como alguns casos vêm sendo conduzidos no país.
Durante a conversa, o ex-presidente da Aprosoja questionou o que considera um tratamento desigual entre diferentes grupos de cidadãos. Segundo ele, há uma “contradição evidente” entre a aplicação de punições severas a manifestantes que participaram dos atos e a concessão de anistias anteriores a pessoas envolvidas em crimes graves.
“Se anistiaram bandidos, gente que matou, gente que assaltou, gente que sequestrou e estão aí dentro do governo hoje. Lá atrás, no final do período do regime militar, onde os militares estavam no poder. Teve o Brasil já tantas anistias já feitas no decorrer da vida”, afirmou.
O produtor rural citou como exemplo o caso de uma cabeleireira, presa e condenada após os atos de 8 de janeiro, que teria sido multada em R$ 30 milhões.
“Qual é o fundamento de dar 14 anos e R$ 30 milhões para uma cabeleireira? Da onde que uma mulher dessa vai imaginar na vida um dia como cabeleireira ter um milhão de reais na conta?”, questionou.
Galvan reforçou que, embora não apoie atos de vandalismo, acredita que as punições aplicadas foram desproporcionais e politizadas. “Tem que existir uma punição que acabou sendo um vandalismo, mas não dessa forma”.
O direitista ainda classificou a condenação dos manifestantes como aberração jurídica. "Isso aí é uma aberração jurídica tamanha que estão sendo feitas e essas condenações dessas pessoas. Inclusive os que estão isentando, estão isentando com confissão de culpa como se o cara fosse um criminoso. Então, é um absurdo. Com certeza absoluta a anistia tem que sair de alguma forma ou de outra”.
No bate-papo, o pré-candidato também citou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), agora réu em investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal. Ele afirmou que o capitão não cometeu crime nenhum.
“Já tentaram imputar para ele tudo que foi coisa. Corrupção, não conseguiram, o cara com 28 anos dentro do Congresso Nacional nosso como deputado federal, não conseguiram encontrar um ato de corrupção dele, que olha que o político é famoso em termo de corrupção. Grande maioria aí responde em processo, processo e processo. Quatro anos como presidente da república", finalizou.
Confira o podcast:
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