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Notícias / Polícia

14/04/2025 às 07:29

CORRUPÇÃO

Vídeos | Policiais penais são alvos de operação por facilitar fuga de líder de facção

Agentes públicos teriam participado ativamente de plano criminoso que permitiu saída ilegal de dois detentos de presídio em Várzea Grande

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<Font color=Orange> Vídeos </font color> | Policiais penais são alvos de operação por facilitar fuga de líder de facção

Foto: PJC-MT

Dois policiais penais estão entre os alvos de uma megaoperação deflagrada nesta segunda-feira (14) em Mato Grosso, acusados de integrar um esquema criminoso responsável pela fuga de um dos chefes do crime organizado na região sul do estado. A ação, batizada de Operação Shadow, escancara a infiltração do crime dentro do próprio sistema de segurança pública.

As investigações revelam que os agentes públicos não só sabiam da fuga, como atuaram diretamente para que ela acontecesse. Um dos policiais penais dirigia a caminhonete oficial usada para retirar os detentos da penitenciária, enquanto o então diretor da unidade autorizou a saída com uma justificativa forjada de trabalho extramuros.

No total, a Justiça expediu 35 ordens judiciais, entre elas 11 mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão, além do bloqueio de bens, imóveis e veículos. As decisões são da juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, e foram cumpridas nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Poconé.

A operação é resultado de uma força-tarefa entre a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), a Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e a Polinter. A Corregedoria da Secretaria de Justiça acompanha o cumprimento dos mandados e promete apurar com rigor a conduta dos servidores envolvidos.

Fuga arquitetada

A fuga ocorreu em 14 de julho de 2023, quando os detentos G.R.S., conhecido como “Vovozona”, e T.A.F.O., condenado por homicídio, deixaram o Centro de Ressocialização Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, sob o pretexto de prestar serviço extramuros. Eles nunca retornaram.

“Vovozona” é apontado como uma das principais lideranças de uma facção criminosa que atua em Mato Grosso, enquanto o comparsa já havia se envolvido em uma tentativa de fuga dias antes.


 
As apurações mostraram que a ação contou com logística planejada, uso de veículos, imóveis e, principalmente, a conivência de servidores públicos. 

“A operação tem o objetivo de desarticular o grupo criminoso que atuou de forma articulada, montando um plano estratégico com apoio de agentes públicos”, afirmou o delegado da Draco, Rodrigo Azem Buchdid.

Shadow

O nome da operação que em inglês significa “sombra” faz referência aos rastros dos vestígios deixados pelos fugitivos. 

A operação integra as ações de planejamento estratégico da Polícia Civil de Mato Grosso para combate à atuação das facções criminosas, por meio da Operação Inter Partes, dentro do programa Tolerância Zero contra as facções criminosas, do Governo do Estado, e também os trabalhos da Rede Nacional de Unidades Especializadas no Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Diretoria de Inteligência e Operações Integradas (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

Com informações da PJC-MT
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