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Notícias / Política

15/04/2025 às 11:12

GUERRA COMERCIAL

Deputado Nelson Barbudo também critica tarifas de Trump e defende diálogo entre países

Deputado acredita que ainda é incerto os efeitos do tarifaço para o Brasil

Alline Marques

Deputado Nelson Barbudo também critica tarifas de Trump e defende diálogo entre países

Foto: reprodução

O deputado federal Nelson Barbudo (PL) se posicionou de forma crítica em relação às novas tarifas anunciadas pelo presidente norte-americano Donald Trump e alertou para possíveis impactos negativos ao agronegócio brasileiro e mato-grossense. Em entrevista concedida ao Leiagora, durante o lançamento da Norte Show em Sinop (480 km de Cuiabá), o parlamentar reforçou sua oposição a qualquer tipo de tarifação, defendendo que medidas protecionistas representam, na prática, novos impostos que recaem sobre os produtores.

“Eu sou contra tudo que é tarifa, contra tudo que é imposto. Esse tarifaço tem que ser analisado com muito cuidado porque a gente não sabe ainda até que ponto ele vai atingir. Se vai ser 25%, 50%, ou mais de 100%, como aconteceu com a China. Tudo ainda é cenário, especulação”, disse o deputado.

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Apesar de alguns analistas apontarem que isso poderia abrir mercados para os produtos agrícolas brasileiros, Nelson Barbudo avalia que o efeito real é incerto.

“Estão dizendo que pode ser benéfico para o Brasil, mas isso é só previsão. Eu, pessoalmente, prefiro um mundo sem tarifas. Tudo que é imposto só traz desgraça para o produtor”, afirmou.

Barbudo também comentou sobre a chamada “lei da reciprocidade”, aprovada recentemente no Congresso Nacional e que autoriza o Brasil a retaliar países que impuserem barreiras comerciais. Apesar de reconhecer que a lei tem um papel de proteção, ele disse que preferia que os impasses comerciais fossem resolvidos diplomaticamente.

“A reciprocidade me parece tipo uma vingança. Aumentou lá, aumento aqui. Isso só eleva o clima, esquenta o calor entre os países. O único que perde, no fim, é o produtor. Era melhor sentar na mesa, no Itamaraty, e negociar. Você cobra tanto, eu cobro tanto. Vamos ser iguais, mas sem guerra comercial”, completou.

 
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