Doze alunos, entre 12 e 13 anos, foram levados à UPA de Sorriso (397 km de Cuiabá), depois de serem perfurados por um colega com uma lanceta usada para medir glicose. O estudante utilizou o aparelho do pai diabético para fazer “testes de glicemia” em colegas, alguns sem consentimento. Todos passaram por exames para doenças infecciosas, com resultados negativos, inclusive o pai do aluno.
O fato aconteceu na Escola Estadual José Domingos Fraga. Segundo nota da Prefeitura de Sorriso, o aluno utilizou o estojo de glicemia do pai para realizar os testes. Dois colegas teriam autorizado a ação antes do início das aulas, mas outros alunos foram perfurados sem consentimento no intervalo.
O caso veio à tona após uma professora ouvir relatos sobre as "picadas" e acionar a coordenação. As famílias foram orientadas a buscar atendimento médico.
Na UPA, os adolescentes passaram por exames para hepatites, sífilis e HIV — todos com resultado negativo. O pai do aluno que levou o equipamento à escola também foi submetido a todos os testes, com resultados igualmente negativos.
A escola acionou o Conselho Tutelar e está promovendo ações de conscientização com pais e alunos.
A Secretaria de Estado de Educação foi procurada para algum posicionamento sobre o fato, mas não respondeu até a publicação da matéria. O espaço segue aberto.