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Notícias / Política

22/04/2025 às 17:52

CRÍTICA A RECIPROCIDADE

Medeiros vê oportunidade para o Brasil com 'tarifaço' de Trump, mas alerta para risco de retaliação

Medeiros defende que o país mantenha cautela, atue com inteligência diplomática e busque se posicionar como alternativa viável no mercado global

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Medeiros vê oportunidade para o Brasil com 'tarifaço' de Trump, mas alerta para risco de retaliação

Foto: Assessoria Norte Show

O deputado federal José Medeiros (PL) afirmou que o “tarifaço” anunciado pelo ex-presidente e pré-candidato Donald Trump contra produtos importados da China pode abrir uma janela de oportunidades para o agronegócio e outros setores brasileiros. Isso porque, até o momento, o Brasil não foi diretamente impactado pelas novas barreiras comerciais propostas pelos Estados Unidos.

A proposta de Trump inclui tarifas de até 60% sobre produtos chineses, além de medidas protecionistas contra importações de países da Ásia, Europa e América Latina, com o argumento de fortalecer a indústria americana e recuperar empregos. O pacote foi apelidado de “tarifaço” por economistas e analistas internacionais, que temem uma nova guerra comercial global.

Para Medeiros, embora a tensão entre as duas maiores economias do mundo acirre disputas internacionais, ela também pode favorecer o Brasil. “Quando os gigantes brigam, quem não está no meio pode ganhar espaço. A China vai procurar outros mercados para vender e comprar. O Brasil, como grande fornecedor de alimentos e matérias-primas, pode ser um dos beneficiados”, avaliou.

No entanto, o parlamentar fez um alerta em relação à possibilidade de o Brasil aplicar o chamado princípio da reciprocidade — usado em relações comerciais para equilibrar tarifas entre países. Segundo ele, essa estratégia pode sair caro para a economia brasileira.

“Se o Brasil aplicar reciprocidade, estamos lascados. Nossa carga tributária é muito maior. Um carro importado dos EUA paga mais de 50% de taxa aqui, enquanto a tarifa americana mais alta para nossos produtos é de 25%, no aço”, exemplificou. “Fazer uma besteira dessas só prejudicaria nossa competitividade”, completou.

Medeiros defende que o país mantenha cautela, atue com inteligência diplomática e busque se posicionar como alternativa viável no mercado global diante da instabilidade entre China e EUA.

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