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Notícias / Judiciário

17/04/2025 às 17:59

CASO EMELLY

Justiça nega pedido de exames para atestar sanidade mental apresentado pela defesa de Nataly

Defesa informou ao Leiagora que ainda vai analisar se entrará com recurso

Luíza Vieira

Justiça nega pedido de exames para atestar sanidade mental apresentado pela defesa de Nataly

Foto: montagem / Leiagora

A Justiça de Mato Grosso negou os pedidos de exames de sanidade mental feitos pela defesa de Nataly Helen Pereira, que visam analisar se a ré confessa estava em pleno funcionamento de suas faculdades mentais quando matou e roubou o bebê da adolescente grávida Emelly Azevedo Sena, de 16 anos, em março deste ano. 

Para o juízo da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, não há necessidade de instaurar os procedimentos psiquiátricos e psicológicos a fim de atestar a sanidade mental de Nataly. A defesa informou ao Leiagora que vai analisar se entrará com recurso.

Os advogados Ícaro Vione e André Luis Melo publicaram respostas às acusações contra a acusada na segunda-feira (14). No documento, defenderam que os procedimentos são necessários a fim de “garantir a segurança da sociedade”, caso seja confirmado que Nataly de fato sofra com problemas mentais.

Em entrevista à TV Vila Real, o advogado Ícaro justificou que, por mais que a acusada seja condenada a mais de 100 anos de prisão, a legislação brasileira permite que a pena seja cumprida em regime fechado por apenas 40 anos. Por ser ré primária, poder contar com a diminuição da pena com trabalhos prestados e bom comportamento, e esse prazo pode se reduzir ainda mais.

O jurista ainda apontou: “como que nós queremos que a Nataly seja recebida aqui fora? Vocês se sentiriam seguros perto de alguém que não tem discernimento do que é certo ou errado e viver em sociedade sem risco de que ela possa fazer algo errado novamente?”.

Ele apontou que, diferente do regime criminal, em caso de internações por problemas psicológicos, a acusada poderá ficar reclusa por muito mais tempo, a depender da avaliação de equipe técnica, somada a possibilidade de internação compulsória, prevista em lei.

Nataly está presa em cela isolada na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuaibá.

O caso

O crime bárbaro ocorreu no dia 12 de março, em uma casa no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá. Emelly foi até a residência do irmão da assassina para buscar doações para sua filha, que estava prestes a nascer, pois estava grávida de nove meses.

Nataly planejou toda a ação: atraiu a vítima, deixou-a inconsciente ao aplicar um mata-leão pelas costas, amarrou os punhos e as pernas e ainda colocou duas sacolas em sua cabeça. A cova já estava cavada no fundo do quintal onde tudo aconteceu.

Vale destacar que Nataly demonstrou tamanha frieza ao retirar o bebê do ventre da mãe enquanto ela ainda estava viva. Emelly teve a barriga cortada com uma navalha e uma faca.

Diante de tamanha monstruosidade e menosprezo à vítima, o Ministério Público denunciou Nataly pelos crimes de feminicídio, tentativa de aborto, subtração de recém-nascido para colocação em lar substituto, parto suposto, ocultação de cadáver, fraude processual, falsificação de documento particular e uso de documento falso.
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