Dois carros de luxo usados em encontros para planejar e cobrar a execução do advogado Renato Nery, de 72 anos, foram apreendidos nesta sexta-feira (18), como parte da investigação sobre o crime. Os veículos - uma SW4 branca e uma Mercedes cinza - foram identificados em deslocamentos entre Cuiabá e Primavera do Leste (240 km da Capital), onde os suspeitos se reuniram antes e depois do assassinato.
Os carros - uma SW4 branca e uma Mercedes cinza - estavam na residência de um dos alvos da operação e teriam sido usados em pelo menos dois encontros: um antes do crime, para tratar da morte de Nery, e outro depois, para acerto de valores do suposto mando. Com base nesses elementos, a Justiça autorizou a apreensão dos veículos, efetivada nesta sexta.
Durante as buscas também foram recolhidos o passaporte e o visto de um dos alvos. Os documentos, segundo apuração, foram emitidos no período em que a morte do advogado já estava sendo organizada. A retenção do passaporte foi solicitada para evitar possível fuga do país.
Os suspeitos seguem sob monitoramento eletrônico e aguardam acesso ao inquérito.
Nesta semana, o sétimo envolvido no crime foi preso em Cuiabá. A ordem judicial foi expedida pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), após a Delegacia de Homicídios (DHPP) identificar a ligação do investigado com executores e intermediários do homicídio. A identidade do preso não foi divulgada. Com ele, também foram apreendidos aparelhos celulares e um veículo relacionado ao caso.
Em março, a polícia já havia deflagrado a fase anterior da investigação, chamada Operação Office Crimes – A Outra Face, que resultou em seis mandados de prisão temporária, incluindo cinco policiais militares e o executor. Também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão.
O crime
Renato Nery foi executado a tiros no dia 5 de julho de 2023, na porta do escritório onde trabalhava, na avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Ele chegou a ser socorrido e passou por cirurgia em um hospital particular, mas morreu horas depois.
Desde então, a DHPP conduziu diligências técnicas e periciais para esclarecer a motivação e identificar os envolvidos. A principal linha de investigação aponta uma disputa por terras como causa do crime.
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